Em Pedro Afonso, a 173 km de Palmas, os produtores rurais estão aproveitando o tempo seco para agilizar a colheita do milho safrinha e manter a qualidade dos grãos. O produtor Ronaldo Sá, explica com detalhes como avaliar se o grão já está pronto para ser colhido. "O milho para consumo humano deve ser colhido com menos de 14% de humidade. Ele não precisa do secador, porque acima disso [14%] ele fica com cheiro de fumaça [se for para o secador]".

Ronaldo plantou só esse ano em sua propriedade 650 hectares de milho, 50 a mais do que em 2012. Cerca de 40% da área plantada já foi colhida e a estimativa, segundo o produtor, é de que a produção alcance 60 mil sacas.

O clima e o solo da região norte favorecem o plantio do milho safrinha. A produção da propriedade do Ronaldo é vendida apenas no mercado interno, ou seja, dentro do estado. Segundo o produtor rural, o que atrapalha a exportação e o aumento da produção é a alta carga tributária. "O estado poderia produzir muito mais milho, porque tem capacidade. [Mas isso] se melhorasse a logística e a parte tributária" explica Ronaldo. A saca do milho é vendida a R$ 22 e o imposto custa R$ 36.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em todo o Tocantins a área de milho plantada foi de 40,9 mil hectares. A produtividade chega a 4,7 mil quilos por hectare, um aumento de cerca de 12% se comparada com a última safra de 4,2 mil.