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Notícias / Agricultura

Produtores aguardam renovação da tarifa antidumping sobre importação

De Brasília - Vinícius Tavares

Produtores de alho de todo o país aguardam a prorrogação, por parte do Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior (MDIC), do valor da tarifa antidumping para proteger a cadeia produtiva nacional do avanço do produto importado, principalmente da China e da Argentina.

A tarifa, que venceu em 2012, será prorrogada até dia 29 de agosto, ocasião em que haverá a audiência final entre as partes envolvidas, segundo cronograma estabelecido pelo Ministério.

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Conforme dados da Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa), os importadores pagam US$ 5,2 (aproximadamente R$ 12,00) para cada caixa contendo dez quilos de alho. A renovação da taxa é feita a cada cinco anos.

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De acordo com o presidente da Anapa, a importação maciça está provocando prejuízos a muitos produtores, já que o produto importado chega ao mercado a um preço mais baixo do que o alho nacional.

“A área plantada no Sul do País já chegou a 8 mil. Hoje não chega a 2 mil hectares apenas”, destaca.

Ele elenca entre os motivos da crise no alho o baixo custo de produção e as liminares concedidas aos importadores para conceder isenção da taxa de antidumping. “Só em 2008 entraram 3 milhões a mais de caixas de alho chinês no Brasil em relação a 2007”, afirma.

A cobrança antidumping vem sendo feita desde 1996. A renovação ocorre a cada cinco anos. A medida está em vigor devido ao fato de a China ainda não fazer parte da Organização Mundial do Comércio (OMC).

O MDIC publicou no Diário Oficial da União desta segunda-feira o Decreto 8.058/2013 que regulamenta as investigações de antidumping no Brasil.
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