Amenizar momentaneamente o problema da estocagem em armazéns da super safra do milho. Segundo a Aprosoja, este é um dos objetivos dos silos bolsas, opção para áreas com maior déficit de armazenagem, como a região Médio-Norte, que compreende municípios como Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum.

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Dados divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), mostram que já foram vendidos a Mato Grosso uma quantidade de silos bolsas com capacidade de armazenar 2,4 milhões de toneladas. No estado, já foram colhidos 75% das lavouras de milho, de uma safra recorde estimada em 17 milhões de toneladas. Os silos atuam como alternativas emergenciais para estocagem dos grãos.

Por outro lado, a viabilidade destes silos bolsas também enfrenta entraves quanto à capacidade de investimento dos agricultores, ao tempo de armazenagem e aos altos custos com maquinário, tanto da embutidora como da extratora, itens que controlam o fluxo de grãos nos silos. O investimento na embutidora e extratora aproxima-se dos R$ 80 mil, enquanto o valor do silo bolsa, em média, é de R$ 1,4 mil.

A questão vem precedida dos problemas que afetam a logística no estado. No primeiro semestre de 2013, o transporte foi o desafio maior na logística da produção, com o congestionamentos nos portos brasileiros.

A assessoria de imprensa da Aprosoja informa que neste 2º semestre a armazenagem tem apresentado-se como antagonista no caminho da produção do estado, pois grande parte dos armazéns de Mato Grosso, que têm capacidade estática total de 29,4 milhões de toneladas, ainda possuem soja estocada.

Exemplo são os armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que, sucateados e sem uso, conservam milho estocado da safra de 2008. Em todo Mato Grosso são 21 armazéns da Conab, com capacidade para 200 mil toneladas de grãos.