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Setor agropecuário do Mercosul defende acordo comercial com União Europeia em regime de urgência

Da Redação - Rodrigo Maciel Meloni

O setor agropecuário do Mercosul, representado pela Federação das Associações Rurais do Mercosul (FARM), fórum supranacional que reúne as entidades rurais dos países fundadores do Mercosul (Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina), além do Chile e da Bolívia, divulgou por meio do “Manifesto Buenos Aires” que adotou firme posicionamento em defesa do acordo comercial com a União Europeia, tendo em vista o grande potencial do mercado europeu.

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De acordo com o vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente pro tempore da FARM, Carlos Sperotto, é inadmissível que o setor público não tenha se atentado para esta necessidade mercadológica. “O setor privado do Mercosul já alcançou este consenso e apóia firmemente a abertura do comércio com a União Europeia, contudo nossos governos estão longe de avançar no tema”.

O vice-presidente da CNA aponta para urgência da definição, já que os europeus estabeleceram o mês de outubro como data final para apresentação das ofertas de liberação comercial, informa a assessoria de imprensa da CNA. O não cumprimento do prazo pode acarretar em ameaça para o sucesso da negociação, tida como fundamental para o setor agropecuário e para a economia regional.

Agricultores manifestam preocupação com a insegurança jurídica e com as políticas econômicas intervencionistas que comprometem o desempenho do setor. No documento, ressaltam a importância de respeitar “as bases democráticas, os direitos individuais, a propriedade privada, as instituições, os princípios de livre iniciativa e liberdade do comércio”.

Um dos principais temas defendidos pelo manifesto em benefício dos produtores rurais do Mercosul é a inserção internacional do bloco. O documento da FARM destaca o papel fundamental do bloco do Cone Sul como “provedor competitivo e confiável de alimentos e de energia renovável no âmbito regional e mundial”.

Números

Dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), mostram que os quatro países fundadores do bloco responderam por 16% das exportações globais de alimentos em 2010 e por 14% da produção agropecuária mundial em 2011.
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