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Notícias / Agronegócio

Em Porto Ferreira, SP, criador tem galinhas de várias partes do mundo

Globo Rural Online

Por onde passam, elas deixam marcas pelo caminho. Mais leve do que as penas era o sonho de infância do produtor rural Mário Salviato, de Porto Ferreira, que trabalhou pesado para construir um galinheiro diferente, internacional.

O canto pode até ser parecido, mas cada raça vem de uma parte do mundo. Da Europa, há grande variedade de tamanhos e cores.

Nem sempre elas são usadas para consumo e mais do que a qualidade da carne, a beleza é que chama atenção. A polonesa é considerada uma galinha ornamental. A plumagem, até parece que foi pintada a mão. Tem a polonesa camurça, a dourada, a branca e a frise.

Da Índia veio a raça brahma. A penugem nos pés, dá um ar de elegância. As penas são macias. O macho pode pesar até sete quilos e a fêmea cinco. A raça foi aprimorada geneticamente e ganhou cores, a brahma perdiz, a light, que mescla penas pretas e brancas, a dark e a dark azul.

Tem raça que vem de longe, da China, a cochinchina amarela, splash, azul e negra.

A menor ave do galinheiro é da Inglaterra, o old game tem, em média, 15 centímetros.

Tudo começou com o galo bankiva. Do continente asiático tem uma raça dócil. A “sedosa”, é uma galinha do Japão, onde é criada como um animal doméstico. O que chama atenção são as penas, que de tão macias, parecem pelos. É tanta pena, que fica até difícil enxergar.

Algumas têm um visual que assusta. A crista de uma delas até parece um chifre. Outros têm um aspecto mais engraçado. A espanhola "cara de palhaço", com grandes cristas, não precisa nem explicar o nome. E muitas fazem sucesso mesmo por causa dos topetes, cheios de estilo, arrepiados, outros mais clássicos.

Maurício da Silva é quem alimenta a turma, são mais de mil aves na propriedade.

Entre as 96 raças de galinhas, algumas raras são criadas no Brasil somente nesta propriedade, como a faveroli salmão, muito comum na Europa. A carne é muito saborosa e a plumagem perto do bico parece uma barba.

Do Brasil, tem o índio gigante, raça de Goiás e Mato Grosso. O galo pode chegar a oito quilos e a galinha, quatro.

O que começou como um hobby se transformou na principal renda do sítio. Hoje, Mário vende aves ornamentais para todo o Brasil.

Um casal pode sair por até R$ 500 e o que ele mais vende é vendido são os pintinhos. “A primeira coisa é gostar muito, se não gostar e não se dedicar, nem adianta começar o negócio”, diz.
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