As folhas com aparência de queimadas avisam que a sigatoka negra está no bananal.

A sigatoka negra é a mais grave doença que ataca bananeiras no mundo, segundo a Embrapa. Ela entrou no Brasil em 1998 pelo estado do Amazonas e hoje está presente em vários estados brasileiros.

Para prevenir a doença, os produtores costumam fazer pulverizações aéreas a cada 45 dias. O problema é que, este ano, faltou dinheiro para investir no cuidado com a plantação.

O Vale do Ribeira responde por mais de 70% da produção de bananas do estado de São Paulo. Além da sigatoka, a banana produzida na região sofre as consequências do clima. O frio das últimas semanas causou o que os produtores chamam de chiling, que é o escurecimento da casca da fruta.

Edson Kanashiro tem 150 hectares plantados com banana e teme perder dinheiro na hora da venda. “O consumidor compra pela aparência, consequentemente os lucros devem ser menores", diz.

O quilo da banana nanica está sendo vendido, no Vale do Ribeira, por R$ 0,71. Já o da banana prata sai por R$ 1,23. Os preços são os mesmos da safra passada.