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Notícias / Agronegócio

Mais de 3,5 milhões de plantas com greening foram eliminadas em São Paulo no primeiro semestre

Rural Br

A Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo informou que 3,7 milhões de plantas cítricas com sintomas de greening foram erradicas em São Paulo. No último semestre de 2012, foram quatro milhões. A inspeção no período incluiu 219,3 milhões de plantas (12,3 milhões a menos do que o informado no semestre anterior). Mais 15,1 milhões de plantas foram erradicadas por outras doenças e motivos. O relatório também mostra que, no mesmo período houve o replantio de 1,2 milhão de plantas cítricas (no semestre anterior, o número foi de 1,1 milhão).

As regiões com maior porcentagem de plantas eliminadas em função do greening foram Limeira (5,3%), Marília (4%), Araraquara (3,9%), Jaboticabal (3,8%), Ribeirão Preto (3%), São João da Boa Vista (2%).

Desde que o relatório de inspeções passou a ser exigido pela Coordenadoria, em 2005, 26,7 milhões de plantas foram arrancadas devido à doença, segundo relato dos produtores.

Suplicy aponta dificuldades enfrentadas por citricultores

Na quarta, dia 14, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) falou sobre os problemas enfrentados pelos produtores de laranja. Segundo ele, somente na última safra, cerca de 20 milhões de árvores foram erradicadas do parque citrícola paulista e mais de dois mil citricultores foram excluídos do setor.

– Há décadas, os produtores se veem obrigados a abandonar, pouco a pouco, a atividade por conta da verticalização da produção pelas indústrias de suco de laranja e, consequentemente, dos baixos preços pagos por estas mesmas indústrias pela fruta dos pomares de terceiros.

O senador apontou a cartelização das indústrias denunciada pelos produtores, que aguarda, há anos, a conclusão das investigações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Ele citou, ainda, outros dados que contradizem os argumentos das indústrias contra os produtores. Os números citados por Suplicy mostram que, embora o volume de suco de laranja exportado tenha se mantido constante entra 200 e 2012, o valor registrado nas exportações cresceu 180%, enquanto os preços pagos aos citricultores caíram cerca de 40%.

– As esmagadoras que pagam na Flórida até US$ 14,00 por caixa posta impõem aos citricultores brasileiros preços abaixo de US$ 3,00 e justificam que os baixos preços são decorrentes de desequilíbrios do mercado.

As reivindicações dos produtores, segundo o senador, farão parte do Manifesto da Laranja, documento que sairá do Encontro Citricultura do Estado de São Paulo: Estrutura e Conjuntura, a ser realizado nesta sexta, dia 16, em Bebedouro (SP).

Edinho Araújo cobra medidas urgentes para comercializar a safra de laranja

O deputado federal Edinho Araújo (PMDB-SP) ocupou a Tribuna da Câmara dos Deputados nesta semana para cobrar do governo federal medidas urgentes de apoio à comercialização da safra de laranja, entre elas a imediata inclusão da laranja na Política de Preços Mínimos, a retomada do Programa de Escoamento da Produção e dos leilões da Conab, entre outras medidas.

– O preço mínimo é o primeiro passo para garantir alguma estabilidade ao setor citrícola. As condições técnicas para isso existem, falta a decisão política – destacou Edinho.

O deputado enviou ofício ao Ministério da Agricultura e Pecuária pedindo pressa no atendimento às reivindicações do setor.

– Outras medidas, que também propus aos técnicos do governo, são a manutenção do subsídio à comercialização da fruta in natura, com prorrogação do mecanismo chamado Pepro, pelo qual a Conab leiloa parte da produção dos pomares não absorvida pelas indústrias; a prorrogação e o refinanciamento das dívidas de custeio, acumuladas pelos produtores de laranja ao longo das últimas safras; e a criação de uma linha especial de crédito para renovação de pomares ou para que o produtor migre para outras culturas – explicou.

Como relator da MP 609, que desonerou os produtos da cesta básica, Edinho Araújo incluiu na lista de produtos sobre os quais deixam se incidir o PIS e a COFINS o suco de laranja. A presidenta Dilma Rousseff vetou esse item.O deputado disse acreditar que, na semana que vem, a Câmara Federal examine e derrube este veto e mantenha a inclusão, porque ela será “mais um mecanismo para a citricultura ganhar musculatura no mercado interno e enfrentar a crise”.


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