Tradicionalmente, o frango vivo obtém seu melhor preço de cada exercício no último mês do ano, o das Festas. E inicia novo ano civil com reduções que, em geral, se estendem até por volta do bimestre maio-junho – desempenho que coincide com o período de safra da carne bovina. Em meados do ano começa o processo de reversão que, com pequenas variações, se encerra no final do período, completando o ciclo.

Em 2012 não foi diferente. Mas enquanto, pela média histórica, o produto alcança em dezembro valores cerca de 10%-12% superiores à média registrada no ano anterior, no ano passado, em dezembro, o frango vivo registrou remuneração quase 55% superior à média de 2011 – desempenho que, diga-se de passagem, refletiu não só o aumento de custos propriamente dito, mas também a queda de oferta decorrente da impossibilidade de manter-se (devido aos altos custos) a normalidade da produção.

Mas, da mesma forma que chegou aos « céus », o preço do frango foi « jogado aos infernos ». Porque, a despeito de uma concomitante redução no preço das matérias-primas, acabou cinco meses depois – por um desequilíbrio entre oferta e procura – ficando novamente aquém dos custos de produção.

Com melhor adequação da oferta à demanda, a reversão – que, seguindo a curva histórica, começou em junho – vem se acentuando e reduzindo as diferenças existentes. Como resultado, o preço de agosto corrente deve, no mínimo, sobrepor-se ao preço da curva histórica, o que significa valorização de mais de 10% sobre o preço médio alcançado em 2012.