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Lavouras norte-americanas passam por estiagens regionalizadas no fim do verão

SOMAR

A situação das lavouras norte-americanas este ano é muito melhor se comparada à do ano passado, quando uma das piores secas da história provocou uma quebra na safra de grãos dos Estados Unidos. O cenário de 2013, porém, não é o mais favorável de todos, já que vários Estados importantes na produção de soja e milho estão com problemas de estiagens regionalizadas. No mês de agosto, os acumulados de chuva estão entre 25 milímetros (mm) e 50mm abaixo da média para o período em todo o Meio-Oeste dos Estados Unidos.

– O acumulado de chuvas dos últimos 30 dias ilustra o padrão climático que prepondera neste Verão nos Estados Unidos, onde têm ocorrido apenas chuvas irregulares, mal distribuídas e estiagens regionalizadas nos Estados de Iowa, Wisconsin, Minnesota e norte de Illinois – explica o climatologista da Somar, Paulo Etchichury.

O reflexo da falta de chuvas está no último relatório divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que reduziu em quase cinco milhões de toneladas a produção de soja e de milho no país.

A previsão não é favorável para as lavouras dos Estados Unidos, pois mais uma vez a semana terá predomínio de sol e apenas precipitações irregulares e mal distribuídas sobre as áreas produtoras de milho e soja. Os maiores volumes de chuvas são previstos para o sul e leste do país e essa condição não deve mudar até o final de agosto.

Outra grande preocupação dos agricultores norte-americanos é em relação às temperaturas, pois um frio intenso entre o fim do verão e o início do outono no Hemisfério Norte poderia trazer mais prejuízos para a produção de grãos.

Pelo menos até o final do mês, não há previsão de ondas de frio que possam representar risco de geada ou neve para as áreas produtoras de soja e milho do Meio-Oeste, porém, os meteorologistas alertam que o risco não foi completamente afastado. No decorrer de setembro é natural uma queda nos termômetros, mas por enquanto as simulações meteorológicas não mostram um indicativo de frio extremo.
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