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Notícias / Agronegócio

Campo precisa de mais máquinas em atividade ou mais produtividade dos trabalhadores

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

Mato Grosso começa a viver um “apagão” da mão de obra no que diz respeito ao agronegócio. Muitos produtores enfrentam dificuldades para preencher vagas em suas propriedades rurais. Na última Bienal dos Negócios da Agricultura – Brasil Central, realizada neste mês em Cuiabá, o tema foi largamente discutido.

Um dos presentes na ocasião, Alexandre Mendonça, da MB Agro Consultoria, alertou que neste cenário existem dois caminhos: ou o produtor coloca mais máquinas no campo, substituindo mão de obra humana, ou ele cria maneiras de aumentar a produtividade dos funcionários.

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Mendonça aponta que enquanto a disponibilidade de empregos no Centro Oeste cresceu 26% nos últimos dez anos, a transição de pessoas do campo para as cidades aumentou 21,2%.

Assim, a disponibilidade de mão de obra no agronegócio foi ficando menor a cada ano. Cristiano Zaranza, coordenador da Comissão Nacional de Relações do Trabalho, analisa que existe um paradigma do serviço braçal no campo em contraponto a uma nova realidade, que é de uma agricultura tecnológica, que demanda qualificação.

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Zaranza aponta que um fenômeno que ele chama de “majoração artificial do valor da mão de obra” também tem ocorrido, quando um empregador não acha profissional qualificado disponível, vai atrás de um funcionário de outra empresa e oferece um salário maior, o que resulta na elação gradativa do valor dos serviços, além da realidade de mercado.
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