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Notícias / Economia

Distrito Federal é o maior consumidor per capita de flores do Brasil

Agência RBS

O Distrito Federal é o maior consumidor per capita de flores do país. São quase 500 hectares de plantação que, no ano passado, rendeu mais de R$ 100 milhões. Entre os produtores, destaque para as mulheres, que graças a uma cooperativa, conquistaram a independência financeira.

Rosemary Moraes dos Reis cultiva hortaliças, porém, há dois anos, encontrou na beleza das flores, uma forma de garantir a renda nas entressafras, quando o lucro é bem inferior. Hoje, 80% de toda a renda da família vem desta atividade.

– Começamos a plantar cactos, gerânio. Mas o mercado passou a pedir mais. Hoje, a gente ta vendo que com as plantas é muito mais rentável do que hortaliças.

Ela é uma das integrantes da Cooperativa dos Produtores de Flores e Plantas Ornamentais do DF, a Multiflor. Referência no setor, iniciou os trabalhos em 2009, com 21 integrantes e, hoje, conta com 54. Por mês, saem daqui 2.500 vasos de diversas plantas, e mil maços de flores de corte. Números que rendem, em média, R$ 80 mil. A maioria, 80%, é formada por mulheres e agricultores familiares.

A cooperativa faz parte de um projeto de capacitação e inserção da mulher no mercado de trabalho. O grupo tem o apoio da Emater DF e também uma parceria importante com a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), ligada ao Ministério da Integração Nacional.

– Nós repassamos o ano passado, através da Emater, R$ 200 mil para a Cooperativa. Esse investimento foi para a compra das mudas, divulgação e compra de equipamentos. Isso para que Brasília não seja apenas um centro consumidor, mas que comece a produzir para exportação – salienta o Superintendente do Sudeco, Marcelo Dourado.

Brasília é a maior consumidora de flores e plantas ornamentais do país, de acordo com a Emater do Distrito Federal. Agora, o próximo passo, é conquistar um espaço entre os grandes produtores. Mas, para isso, a mulher, personagem importante no processo, ainda precisa quebrar algumas barreiras e driblar o preconceito.

– O primeiro obstáculo está dentro de casa. É convencer o marido de que ela pode ser uma empreendedora. Que ela pode sair de casa, fazer um financiamento que ela vai conseguir pagar – diz a extensionista da Emater, Regina Lima.
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