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Notícias / Economia

Venda de vinhos deverá movimentar Feira da Agricultura Familiar

MDA/Incra

O produto que já faz parte da tradição gaúcha será um dos destaques da 15ª Feira da Agricultura Familiar, durante a Expointer 2013. Dos 184 estandes montados no pavilhão, 18 estarão comercializando o produto. Entre eles, o da família Mascarello, que participa da Feira pela quarta vez. Com base nas experiências anteriores, eles esperam fazer boas vendas e conquistar novos clientes. A expectativa inicial é vender de 30 a 40 caixas de vinhos e espumantes.

A cultura da produção de vinhos foi herdada dos antepassados italianos. E em 1969, Dário Mascarello começou a trabalhar com vitivinicultura no município de São Roque (RS). Em 2005, a família deu um passo adiante no sonho de Dário, e criou as marcas Adega Mascarello e Dom Bortolo. Desde então, metade da produção que antes era vendida a granel, passou a ser comercializada engarrafada. Atualmente, o trabalho e a administração da adega são feitos pelos filhos Éverton, Jamur e Jackson – Enólogo, contador e estudante, respectivamente.

Segundo eles, o trabalho é muito maior hoje, mas o reconhecimento e acesso ao mercado consumidor compensam. Além disso, a renda familiar melhorou entre 30% e 40%, nos últimos oito anos. “Acredito que a agroindustrialização seja uma alternativa muito boa para manter o produtor no campo”, avalia Jamur.

Para ele, as políticas públicas hoje estão mais acessíveis para os produtores familiares. Graças ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), a família pôde investir na melhoria da agroindústria, além de adquirir um caminhão de entregas e um trator pelo Programa Mais Alimentos. A produção média hoje é de 120 mil litros de vinho por ano, em dez hectares plantados na propriedade.

Estreantes

A expectativa também é grande entre os novatos. Na primeira participação na Expointer, a família Adams vai levar sucos e vinhos engarrafados, além de vender em copos. Eles esperam boas vendas e estão prontos para repor tanta mercadoria quanto for vendida. O evento também será uma oportunidade para obter mais informações sobre o Mais Alimentos, programa importante para assegurar investimento na agroindústria e a compra de um trator novo para facilitar o trabalho no parreiral.

Desde os anos 90 trabalhando com a produção de suco de uvas e vinhos, a família começou a produzir no porão da casa, em Nova Petrópolis (RS), em pipas de madeira emprestadas. A capacidade produtiva na época era de 100 litros. Hoje a agroindústria tem um espaço próprio, e a produção média é de 11 mil litros de vinho por ano e, aproximadamente, quatro mil litros de suco.

Colocação no mercado

Segundo o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), o Rio Grande do Sul responde por 85% da produção nacional de uvas para processamento – aquelas destinadas a produção de vinhos, espumantes, sucos e derivados –, e por 90% da produção vinícola. Em 2012, as empresas gaúchas processaram cerca de 430 milhões de litros de bebidas derivadas da uva. Deste total, 61% são de vinhos, enquanto os 39% restantes são de sucos e derivados.

Nos últimos 10 anos, o processamento de bebidas derivadas da uva no estado cresceu 26,15%. A produção de uvas no estado, no último ano, foi de cerca de 710 milhões de quilos.
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