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Notícias / Economia

Municípios que lideram agronegócio de MT ‘dobram’ população em dez anos

De Sinop - Alexandre Alves

Os municípios que lideram o crescimento do agronegócio de Mato Grosso praticamente “dobraram” o número de habitantes nos últimos dez anos, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Dos municípios cuja economia está baseada na plantação de soja, milho e algodão, Nova Mutum foi o que mais cresceu em número de população, saltando de 15 mil moradores em 2003, para 36 mil neste ano – aumento de cerca de 140% no período. Os números daquele município impressionam ainda mais se a mensuração calcular os últimos 20 anos, quando, em 1983, eram apenas 7 mil habitantes, segundo registro do IBGE.

Outro que teve “explosão populacional” foi Lucas do Rio Verde, que pulou de 23 mil em 2003 para 52 mil – aumento de aproximadamente 127%. Em 1983, quando o município estava recém-fundado, a população luverdense era de 7.5 mil habitantes.

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Sorriso, a “Capital nacional do Agronegócio”, saiu de 41 mil em 2003 para 75.1 mil atualmente – evolução de 83% em dez anos. Há 20 anos, a população sorrisense era de 18.2 mil habitantes.

Sinop, a maior cidade da região Norte do Estado, teve crescimento de aproximadamente 44% nos últimos dez anos, passando de 86 mil em 2003 para 123 mil moradores. Em 1983 a “Capital do Nortão” tinha 41 habitantes, conforme os dados do IBGE.

Na região Sul de Mato Grosso, Rondonópolis continua sendo o destino final de imigrantes, passando de 158.3 mil em 2003 para 208 mil – crescimento de cerca de 32%. No ano de 1983, segundo o IBGE, eram 131.2 mil habitantes no município.

Campo Verde também foi um dos que tiveram crescimento populacional considerável, saindo de 20 mil moradores na década passada para os atuais 35 mil – incremento de 75%. Em 1983, eram 6.5 mil moradores naquela cidade.

No extremo-Noroeste de Mato Grosso, Colniza (que não tem plantação de soja e milho como grande fator econômico e a principal renda vem da extração da madeira) cresceu mais de 200%, saindo de 9 mil habitantes em 2003 para os atuais 30 mil. Registra-se que naquele município fora feito um dos maiores assentamentos rurais da América Latina, levando muito imigrantes para a cidade na última década.

Estagnados

Em contrapartida, outras cidades mato-grossenses passam por uma estagnação no crescimento populacional nos últimos anos, se comparadas às que tem o agronegócio como principal pilar econômico. É o caso, por exemplo, de Barra do Garças, que tinha 54 mil habitantes há dez anos e atualmente tem 57 mil e, Cáceres, que possuía 85 mil e agora tem 89.6 mil.

Nessa lista também entram Alta Floresta, com 49 mil em 2013 contra 47 mil há dez anos, Pontes e Lacerda (42 mil contra 39 mil), Guarantã do Norte (33 mil contra 30 mil), Matupá (14.9 mil contra 11 mil), Colíder (31 mil contra 27 mil), Juara (que manteve 33 mil habitantes), Juína (39 mil contra 38 mil), Diamantino (20 mil contra 19 mil) e, Vera (manteve 10 mil moradores).

Retração

Alguns municípios do Estado tiveram diminuição do número de habitantes, como em Marcelândia, que caiu de 16 mil para 11 mil, Itaúba, de 6 mil para 4 mil, União do Sul, de 5 mil para 3.5 mil, e Araguainha, que decresceu de 1.3 mil para cerca de 1 mil habitantes.
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