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Mapa detecta álcool etílico em leite; formol já foi encontrado em longa vida da Batavo

Da Redação - Rodrigo Maciel Meloni

A BRF – Brasil Foods, formada pela Sadia e Perdigão, recebeu uma carga de leite cru refrigerado “contaminado” com álcool etílico. A informação foi dada nesta segunda-feira (02) pelo Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul (MP-RS). O maior problema é que o leite adulterado foi industrializado e chegou ao mercado de consumo. Contudo, a BRF emitiu comunicado dizendo que o leite não chegou ao consumidor final. A detecção do problema foi feita pelo Ministério da Agricultura (Mapa).

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Constatada a adulteração, o órgãos do governo encaminhou os documentos relativos à descoberta ao MP-RS, informa matéria veiculada pelo jornal o Valor. A carga de leite adulterado continha 33,5 mil litros e foi recebida pela BRF em 5 de agosto na unidade de Teotônia, no Rio Grande do Sul. Segundo a BRF, o leite em questão foi “segregado” logo após o Mapa informar a empresa sobre a possibilidade de “desvio”.

A BRF afirma que a transportadora responsável por entregar o lote de leite cru adulterado foi “imediatamente” afastada do quadro de transportadoras da empresa.

Segundo o Ministério Público, a BRF informará ao Ministério da Agricultura em quais produtos utilizou o leite adulterado. O órgão fiscalizador já determinou o recolhimento cautelar dos lotes industrializados a partir do referido produto, informou o MP-RS.

O MP-RS solicitou informações junto à BRF para “avaliar se houve ou não descumprimento do termo de ajustamento de conduta (TAC) celebrado recentemente”. O TAC em questão foi firmado em junho após a detecção de formol em lotes de leite longa vida (UHT) da marca Batavo, que pertence à BRF.

Por meio do TAC, a BRF se comprometeu a aumentar a fiscalização e atualizar o cadastro de fornecedores de leite cru. O TAC previa que, caso comercialize leite em situação irregular novamente, a BRF fica sujeita a uma multa que pode variar de R$ 1 milhão a R$ 3 milhões.
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