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Deputado questiona privatização que custará R$ 143 mil aos cofres públicos

Da Redação - Rodrigo Maciel Meloni

O deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar Agropecuária da Assembleia Legislativa, Zeca Viana (PDT), pos em dúvida o processo de privatização de um trecho de 148 km de extensão - entre as rodovias MT-020 e MT-251, que ainda se encontra na fase de estudo de viabilidade econômica. A extensão a ser privatizada contempla três trechos, pelo valor de R$ 143 mil.

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O parlamentar apóia seu questionamento em decisão publicada no Diário Oficial do dia 14 de agosto. Em sua avaliação, Viana vê uma nova empreitada do Governo do Estado para oferecer serviços públicos de qualidade duvidosa e a um custo alto, a exemplo do que ocorre hoje com a MT-130, que com menos de dois meses após ser privatizada já apresenta sérios problemas estruturais, principalmente no que diz respeito a qualidade da lama asfáltica usada no recapeamento da rodovia.

“As investidas de privatização em Mato Grosso são questionáveis. A população tem assistido de camarote - e inquieta - gestões privadas ineficientes”, afirma Viana, por meio de sua assessoria de imprensa. Zeca lembra que já denunciou serviços deficitários prestados por concessionárias instaladas no estado, e que os casos de privatização que obtiveram sucesso são exceções.

“O cidadão mato-grossense tem pagado duas, três vezes pelo mesmo serviço; em relação às estradas já pagamos o IPVA, o Fethab e agora teremos que pagar o pedágio. Trata-se de bitributação. Isso é ilegal; é imoral”, alerta o presidente FPA.

Privatização
Viana já solicitou à concessionária que administra o trecho privatizado da MT-130 a recuperação da estrada, e é dele uma emenda aditiva ao projeto de lei de n° 138, que visa conceder isenção de pagamento de pedágio às pessoas que comprovarem residência ou exercerem atividade profissional permanente no município em que esteja instalada a praça de cobrança de tarifa.

“Lamentavelmente nos deparamos com mais essa concessão que só trará benefícios para o Governo. Não concordo, não aceito e farei o que for preciso para barrar este descaso com a população”, reforça.
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