Imprimir

Notícias / Economia

Empresários do setor madeireiro se recusam a conceder aumento acima do negociado

Da Redação - Rodrigo Maciel Meloni

Uma das regiões de Mato Grosso com o maior número de madeireiras – são cerca de 40 no município de Alta Floresta (874 km de Cuiabá), é palco de paralisação dos funcionários de pelo menos duas empresas que atuam nesta área: a Imabel Indústria Comércio e Exportação de Madeiras Ltda e a Madetrevo Beneficiadora de Madeiras. Ao todo, 40 funcionários pararam a linha de produção. Os trabalhadores da Madetrevo estão parados desde esta segunda-feira (02); os demais resolveram suspender as atividades nesta terça (03).

Leia mais
Abin investiga suspeita de bioterrotismo com proliferação da lagarta helicoverpa
Modal de ferrovias é prioridade e projeto de Riva pode ser financiado por meio de fundo

Os funcionários reclamam por melhores condições salariais. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Madeireira de Alta Floresta (Sintaf), a negociação se arrasta desde o dia 19 de julho. Os empresários, representados pelo Simenorte (Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte de Mato Grosso) se recusam a conceder o piso salarial de R$ 850,00 pedido pelo sindicato.

Os donos das madeireiras estão dispostos a negociar apenas reajuste de no máximo 7,5% para os salários, o que elevaria o piso do Auxiliar de Serviços Gerais para R$ 779,37; Auxiliar de Operador de Máquina, R$ 826,46; Operador de Máquina, R$ 946,45; Motorista, R$ 990,40 e R$ 1.049,15 para demais cargos.

De acordo com o presidente do sindicato laboral, Antônio Carlos Cândido da Silva, a greve começou porque se exauriram as possibilidades de acordo, diante da intransigência do patronato. O estado de greve, que foi ratificado em assembleia no dia 27 de agosto, havia sido aprovado por 85% dos trabalhadores das duas empresas, que foram consultados por meio de um questionário feito pelo Sintaf.

A paralisação é por tempo indeterminado e deve se estender para outras fábricas. “Aplicamos os questionários, onde os trabalhadores se dispuseram a participar da greve. Planejamos visitar outras empresas para mobilizar os trabalhadores para outras paralisações”.
Imprimir