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Notícias / Economia

Commidities sobem pelo 4º mês seguido, diz BC

O Estado de S. Paulo

 Em meio às preocupações sobre a disparada dos preços dos produtos e serviços, o Banco Central (BC) informou ontem que os itens básicos que mais afetam a inflação subiram pelo quarto mês consecutivo.

Com isso, o índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) chegou à marca de 142,27

pontos em agosto, o maior patamar dos últimos 15 anos, quando a instituição começou a medir esses dados, Até então, o nível mais alto havia sido registrado em fevereiro de 2011, quando chegou a 138,98 pontos.

Em agosto, a alta das commodities foi de 3,77% sobre julho. Essa elevação levou o IC-Br a acumular uma expansão de 3,54% no ano até o mês passado. Em 12 meses, o avanço é de 5,35%, mas se vê que há uma aceleração nos últimos meses, uma vez que, no período de j unho a. agosto, a alta foi de 11,8%.

A. inflação já foi pressionada ao longo do ano pela alta de preços de commodities. O principal componente de pressão em agosto, segundo o BC, veio do segmento de metais, entre eles alumínio e minério de ferro, com aumento de 9,7% sobre julho. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, as exportações de minério de ferro foram de 31,2 milhões de toneladas no mês passado, uma alta de 13,2% em relação ao mesmo período de 2012 e de 4,94% ante julho.

O grupo energia registrou inflação de 4,21% na comparação mensal. Nesse segmento, estão incluídos preços de Petróleo, gás natural e carvão. O grupo é importante não só por causa do aumento dos gastos das famílias, mas também pela pressão sobre os custos de produção, que acabam sendo repassados para o consumidor final.

Já no segmento agropecuário, os preços subiram 2,38% em agosto, segundo a pesquisa, do Banco Central Nesse grupo estão itens como carne de boi, óleo de Soja, trigo, açúcar, Milho, café e arroz,

Vitimas, Para o economista da Telefônica/Vivo, Philip Alexander Semple, o impacto da alta do dólar sobre os preços das commodities no atacado deve levar o IGP-DI a um patamar bem mais salgado do que o do IGP-M (0,15%). "A desvalorização cambial já começa a pegar."

Entre as vítimas desse processo estão os grãos, como Soja e Milho, que sofrem com a expectativa de uma safra americana pior do que a esperada. "Temos visto alta nos preços em dói ares da Soja. O clima dos EUA está seco e gera especulações de que possa haver uma quebra, da safra." / Colaboraram Denise Abarca, Regina Silva e Flavio Leonel.
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