Imprimir

Notícias / Economia

Açúcar avança na Bolsa de Nova York com real mais forte

O Estado de S. Paulo

Os preços futuros do açúcar bruto subiram ontem na Bolsa de Nova York, com o fortalecimento do real ante o dólar. Uma moeda mais forte desestimula as exportações e isso afeta as cotações internacionais, uma vez que o Brasil é o maior produtor da commodity. O contrato com vencimento em outubro avançou 0,8% e fechou a 16,51 centavos de dólar por libra-peso. A alta, porém, foi limitada pela expectativa de uma oferta ampla. A produção brasileira já é grande e, a partir deste mês, começam a entrar no mercado as safras da Índia e da Tailândia. De acordo com a Organização Internacional do Açúcar, o excedente global do produto deve ser de 10 milhões de toneladas em 2012/13.

O café arábica atingiu durante o pregão o menor preço desde julho de 2009, mas o ritmo de vendas diminuiu com a apreciação do real ante o dólar e a commodity encerrou o dia estável, a 116,85 centavos de dólar por libra-peso. O cacau ganhou 2,8%, depois de ter subido mais de 3% na sessão anterior, e fechou no nível mais alto em quase um ano. Os estoques certificados da amêndoa nos Estados Unidos atingiram ontem o menor patamar desde 2 de abril, o que serviu de incentivo para compras.

Além disso, ainda há muitas incertezas sobre o clima na África Ocidental, de onde saem mais de dois terços do cacau consumido no mundo. A falta de umidade na região em julho e agosto pode ter prejudicado o tamanho e a qualidade da próxima safra, que começa em outubro, e isso impulsionaria ainda mais os preços.
Imprimir