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Notícias / Economia

Suínos: lucro da Smithfield cai 36% no 1º trimestre fiscal

Agência Estado

A companhia norte-americana de suínos Smithfield Foods - que está no meio do processo de venda para chinesa Shuanghui International Holdings - reportou um lucro líquido abaixo do esperado e 36% menor no primeiro trimestre fiscal, encerrado em 28 de julho, de US$ 39,5 milhões (US$ 0,27 por ação), ante US$ 61,7 milhões (US$ 0,40 por ação) em igual período do ano anterior. De acordo com o balanço, a companhia foi, mais uma vez, prejudicada pelo recuo das exportações de carne suína e pelo aumento dos custos de produção.

A receita alcançou US$ 3,39 bilhões no período, incremento de 10% sobre os US$ 3,091 bilhões registrados em igual período do ano passado. A margem bruta diminuiu de 10,7% para 9%. Analistas consultados pela Dow Jones previam, em média, um lucro de US$ 0,47 por ação sobre faturamento de US$ 3,19 bilhões. As vendas totais de carne suína - principal fonte de receita do grupo - aumentaram 9,6% no primeiro trimestre fiscal, enquanto as de suínos saltaram 20%, informou a Smithfield. Já o faturamento da divisão de operações internacionais registrou crescimento de 8,4%.

A margem operacional do segmento de carnes processadas ficou em 7%, enquanto o volume de vendas cresceu 2%. Já o setor de carne in natura teve margem operacional negativa de 3% no período, ainda que a companhia tenha processado um volume 4% maior. A produção de suínos apresentou margem operacional de 8%, beneficiada pelo incremento de 6% nos preços dos animais, para US$ 71 a cada 100 libras/peso (equivalente a 50 quilos).

O executivo-chefe da companhia, Larry Pope, caracterizou o ambiente de negócio como 'difícil' e o trimestre como 'medíocre'. Sazonalmente, o período já apresenta desempenho mais fraco, mas a queda nas compras de Japão, China e Rússia pesam sobre os resultados. Além disso, houve ainda um aumento de custos na produção de suínos na Europa Oriental e no México.

De acordo com a companhia, o desempenho das exportações de carne suína foi prejudicado pela desvalorização do iene, que esfriou a demanda japonesa. As regras mais rígidas da China e da Rússia para importação da proteína com o hormônio de indução do crescimento, a ractopamina, também comprometeram o desempenho da Smithfield. Fonte: Dow Jones Newswires.
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