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Notícias / Política

Governos começam a enxergar jovens como principal ativo econômico a ser conservado

De São Paulo - Rodrigo Maciel Meloni

R$ 2,5 milhões. Este é o valor médio de investimento que pais aplicam em seus filhos até idades entre 15 e 18 anos. O dado foi divulgado aos participantes do programa ‘Futuros Produtores do Brasil’ em visita realizada pelo grupo à Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBOVESPA S.A.), bolsa criada em 2008 com a integração entre a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

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A explanação tinha por objetivo fazer com que os futuros gestores das empresas criadas por seus pais entendam a necessidade da capacitação continua, principalmente por meio dos estudos, edificando o conhecimento através de mestrados e doutorados, de forma que este tipo de comportamento os livre de situações de perigo.

“Adolescentes que priorizam os estudos e que possuem nível educacional superior tendem a evitar comportamentos de risco, como o uso de bebidas alcoólicas quando estão dirigindo”, explica a psicoterapeuta Janaína Carecin, que atua com crianças, jovens e adolescentes.

Em países como os Estados Unidos, políticas de valorização dos jovens como principal ativo econômico do páis já existem há muito tempo. No Brasil, as três esferas do Executivo – União, Estado e Município -, tem começado a investir em campanhas de conscientização destes jovens.

Programas e ações promovidas por secretarias de Saúde, Segurança, Educação e similares objetivam mostrar a importância de uma vida, devido ao alto índice de mortes e acidentes entre jovens com idade entre 14 e 29 anos, que geram custos altíssimos ao erário público.

Para evitar que estes ‘ativos’ sejam perdidos, campanhas como as que alertam para o perigo de dirigir sob efeito de bebidas alcoólicas tem recebido atenção redobrada de diversas instituições governamentais.

“Seguradoras enxergam em jovens, principalmente os do sexo masculino, como seus clientes mais custosos, e por isso o valor do seguro de um veículo vendido a um cliente na faixa etária dos 18 aos 29 anos sai até três vezes mais caro que um vendido a uma mulher da mesma idade”, informa o vendedor de seguros Marcelo Silva Cardoso à reportagem do Agro Olhar, convidada pela Famato a cobrir o evento em São Paulo (SP). 

Futuros Produtores do Brasil
O projeto da Federação de Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Famato) contou ao todo com quatro encontros em dias de campo, sendo o último deles no estado de São Paulo. Os participantes visitaram na quinta-feira (05) o Porto de Santos-SP, um dos principais pontos de escoamento da safra brasileira para o exterior, Na sexta-feira (06) foram à BM&F Bovespa na capital paulista para entender a formação de preços de commodities no mercado futuro.

De acordo com a assessoria de imprensa da entidade, os estudantes já haviam feito visitas à Fazenda Filadélfia, em Campo Verde, onde aprenderam aspectos práticos da produção de grãos, algodão e piscultura; também foram à Estância Capão do Angico, em Poconé, participar de um dia de campo sobre pecuária de corte; e por fim foram à Fazenda Gamada, em Nova Canaã do Norte, onde aprender sobre integração lavoura-pecuária-floresta e sucessão familiar, respectivamente.

A ideia é que haja uma próxima edição do projeto em 2014. Os jovens interessados devem entrar em contato com o sindicato rural de sua cidade. A participação é gratuita.
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