Olhar Direto

Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Opinião

Qual é o valor do nosso legado?

Após o incêndio em Notre –Dame   ocorrido em Paris –França, acende alerta para diversos países em proteger o patrimônio histórico. Sabemosque os países levam um pedaço da história da qual prevalece para cada geração. Por ser tratado do Notre-Dame, a famosa catedral com riqueza de legado fez de especulação assustadora para diversos continentes. Seria ironia, cômico ou casual essa assombrada notícia se propagando pelo mundo só pela causa da riqueza que o País leva?

Houve um incêndio de grandes proporções que destruiu o Museu Nacional na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio de Janeiro. Será que ganhounotoriedade paraa sociedade? Será que alguns leitores desse artigo tiveram conhecimento do acontecido neste momento que leu? Na verdade, muitos pensam que um acidente deslumbrante pode abrir os olhos para outras causas de acidentes “menos importante”,achando que a França é rico e merece mais atenção.Isso é um erro que muitas pessoas precisam corrigir para não cometê-lo novamente. Toda a sociedade leva da importância de história de sua origem.

No Brasil, a Constituição Federal de 1988, ampliou o conceito de Patrimônio Histórico e Artístico, por Patrimônio Cultural Brasileiro. Essa alteração incorporou o conceito de referência cultural e a definição dos bens passíveis de reconhecimento. A Constituição estabelece ainda a parceria entre o poder público e as comunidades para a promoção e proteção do Patrimônio Cultural Brasileiro, no entanto mantém a gestão do patrimônio e da documentação relativa aos bens sob responsabilidade da administração pública.

 Precisamos privilegiar o Centro Histórico de Diamantina-MG; Centro Histórico de Ouro Preto-MG e outras diversas que há no Brasil e deixar de lado o Complexo de Vira-Lata. Valorizar nossa história é questão de riqueza de sabedoria. Precisamos deixar de ser um narciso às avessas, achando que somente nosso “vizinho” (País) está com grama melhor do que nosso.Porque, narealidade, todos os países têm seu problema.

Sobre este acervo de tradições, prédios, saberes, festas, livros, fotos, documentos, cultura não pode haver a poeira do abandono, ou a miséria. Há que se entender a força desse setor e seu impacto sobre a cidadania plena. Talvez resida aí uma possível explicação para a ruptura do nosso corpo social que tem se convertido em fascismo, ignorância ou violência: a nossa separação física e emocional com nossos bens de afeto, de comoção e de reunião com os lugares, com os antepassados e com a história de nós mesmos. Não avançaremos em direção ao futuro somente com o viés econômico da cultura. Ele é claramente importante. Mas há emergência em revolucionarmos o modo de preservarmos nossos bens culturais patrimoniais. Não viabiliza-se alegria sem memória.


Reobbe Aguiar Pereira Bacharel em Enfermagem. Mestrando em Ciências Ambientais. Pós Graduado Enf. Trabalho; Informática em Saúde; Urg. Emerg. e UTI. E-mail: reobbeap@hotmail.com                              
 
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