Olhar Direto

Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Opinião

Mesmo em dias tão difíceis, ser mãe é estar mais próximo de Deus

Hoje é o Dia das Mães. Ainda que não haja para mim algo mais supremo e divinatório que o ato de ser mãe este ano seria impossível, no entanto, ao homenagear estas lutadoras incansáveis, de não contextualizar esta celebração, com um país à beira de uma convulsão social por conta das medidas duras [e necessárias em minha opinião], que têm sido impostas pelo governo federal, como forma de dar reequilíbrio fiscal e garantir muito possivelmente a médio e longo prazo, um pouco mais de fôlego financeiro a um caixa 'combalido', por erros das gestões presidenciais anteriores, muitas marcadas por escândalos políticos e desvios.

Comemorar data tão merecida sem esquecer que, paralelamente, ainda somos obrigadas a conviver diuturnamente com cenas de violência extrema que parecem não ter fim. Tragédias do cotidiano que, em particular, como mulher e mãe me preocupam pela reincidência exaustiva - dentre estas cenas - que grande parte dela tenha como alvo a mulher. Ou seja, em um contexto mais ampliado, nós: mulheres e mães.

Sou de um tempo que ao acordar e na hora de ir dormir, pedia benção aos meus pais. E não retrucava minha mãe quando me chamava a atenção, acho que nem sequer tinha lá muita coragem de levantar os olhos, pois poderia parecer desrespeito.

Valores cada vez mais difíceis de serem encontrados no nosso dia a dia. Com casos se tornando cada dia mais corriqueiros de filhos que maltratam suas mães. Casos que, inclusive, no meu campo de trabalho, enquanto empresária de um site de notícias, tenho que absorver às duras penas, ainda que seja uma realidade doída. Nos mostrando tempos perversos, em uma realidade que teima em desenhar, sem colorir, a banalização da violência e da morte.

Sou mãe de um menino, Benício, minha vida! Ainda uma criança, o que me deixa em alerta permanente, até mesmo por conta destes dias difíceis. Assim, mesmo em meio a correria da vida, Benício não sai de nenhuma das minhas metas diárias, pois ainda que seja difícil educar um filho, Deus sabe, no entanto, como é realizador!

Sem nenhuma dúvida, uma mulher só se faz inteira quando é mãe. Sob este olhar, mesmo que não tenha o tempo que gostaria para estar o dia inteiro com meu filho, faço questão que o nosso tempo juntos tenha, contudo, qualidade.

Qualidade de brincadeiras, de risos soltos, de brigas, porque mãe, no meu conceito não alisa, protege. Não deixa passar erros mas, obviamente, não os corrigem com agressões. Ao contrário, nada melhor do que uma boa conversa. É neste ato sagrado de mostrar o certo e o errado, que nos asseguramos de não estar - em nenhum momento -, terceirizando amor e educação. Com os 'nãos' necessários para que ele se torne um homem com valores importantes e fundamentais que certamente levará vida afora.

Assim, neste Dia das Mães - bem para além do que o dia significa no calendário comercial e o seu impacto na movimentação econômica do país - , quero parabenizar a todas as mães. E ainda que seja difícil evitar a pieguice, assim vou correr o risco, parabenizando imensamente estas mulheres que diariamente ao lutar por seus filhos, esquecem de si mesmas.

Que há muito já deixaram de lado os seus sonhos, trocando-os pelo desejo de sucesso dos filhos. Guardando seus anseios em armários empoeirados, para vibrar com as suas vitórias. E, enfim, ao parabenizá-las, agradecer a Deus pela dádiva de, igualmente, ter sido premiada com a divina missão de ser uma destas mães.

Lucy Macedo é advogada, empresária, diretora do Site Única News e Revista Única
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