Olhar Direto

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Opinião

Mobilize-se!

Qual o valor do poder? Comandadas por pessoas, as instituições brasileiras são em si próprias as representações daqueles que estão à sua frente. Apesar de acreditar que em um sistema democrático organizado “todo poder emana do povo”, a lógica estrutural das organizações do nosso país, estão voltadas para aquilo que o indivíduo que ocupa o papel social almeja, isso vale para todas as esferas de poder, seja do chefe de estado ao chefe de classe. Os núcleos significativos são dotados de uma grande influência do “eu”, e é por isso que o “bem comum” nunca foi prioridade para o nosso sistema. Aqui as regras do jogo são resumidas da seguinte forma: manda quem pode, obedece quem tem juízo. 

Mas qual o valor do poder? Quem realmente manda? A cultura do país é de chefes de estado, quase semideuses que comandam e dominam tanto o poder público, quando as instituições mistas. A conotação de liderar muito forte no empreendedorismo ainda não é regra nas “instituições estatais e paraestatais brasileiras”, o jogo é jogado de acordo com interesses individuais pautados em favores e troca de afagos, que muitas vezes vão totalmente contra o interesse coletivo. 

Durante toda história de nossa recente democracia percebemos pessoas sendo perseguidas por poderosos, gente que não mede esforços para antecipar o “devido processo legal”, ou para fazer “justiça com as próprias mãos”. No Brasil, apesar de não ser tipificado o crime político, falar o que pensa de gente poderosa ou dos erros dos poderes pode lhe custar caro. Aqui, ou você é pago para servir e abaixar a cabeça aos que estão no comando e tentar de alguma forma se beneficiar com isso ficando quieto, ou enfrenta o sistema, mas a segunda opção é um risco muito grande, não só para quem vai contra os anseios dos poderosos, mas também para toda sua família. 
 
E porque essa prática reiterada não cessa? O que a população precisa entender? Já que todo poder emana do povo precisamos entender que nós é quem comandamos. As instituições democráticas existem para nos servirem e não para servir a interesses estritamente pessoais. Devemos, no sentindo amplo, buscar participar do processo decisório das instituições, cobrar transparência, ser parte da execução dos trabalhos, e temos percebido que o efeito é potente quando utilizado. 

Após as mobilizações dos últimos anos os poderosos do país, tem tido mais preocupação com as redes sociais e demonstram um grande medo sobre o que as pessoas tem falado sobre eles e as instituições que representam. Mas, infelizmente, ainda não há uma mudança de postura: a lava-jato, o mensalão e a operação sanguessuga e outras ações policiais escancararam como o poder é utilizado no país.
 
Para eles é muito mais simples tentar abafar, agir erroneamente e buscar um “acordo com STF e tudo” do que realmente agir de forma republicana, pois a maioria dos que comandam as instituições aqui no brasil são pessoas que agem por impulso, se organizam mal e além de tudo são focados em seus “próprios umbigos”, ou seja, apesar de boa parte ser despreparado a imagem que querem passar é que sempre estão corretos, de que seus interesses são os mesmos ou valem mais do que os da sociedade, e não têm humildade alguma de admitirem seus erros, o dialogo nunca é uma constante. 
 
Certamente devemos diminuir o poder das mãos de poucos, não dar espaço para o jogo de ego, através de fortalecimento dos mecanismos de controle, já que as instituições não agem em favor de seus comandantes e sim da sociedade. Precisamos buscar e traçar novos valores, criar novas perceptivas e novamente nos significar em sentido para com o espirito comunitário pautado pelo Grego filosofo Sólon, que na antiga Atenas, aplicou mudanças educacionais(física e mentais) em ginásio para todos(do escravo e filho, ao cidadão e filhos), conforme  os padrões de educação pautados pela escola Ática (academia de Atenas), inclusive o Sétimo Sábio Grego, Sólon, iniciou uma reforma das estruturas social, política e econômica da  Pólis ateniense. 
 
Com educação e fortalecendo a cidade devemos admitir que a democracia tem valores gregos, devemos ativar a democracia no país, educar todos pelo terceiro setor e no público com qualidade, não precisamos de pessoas que decidam por nós ou de “chefes”, precisamos de agentes públicos que nos escutem, que realmente trabalhem, de líderes que entendam o “bem comum” e hajam de acordo com os preceitos democráticos, não podemos mais ficar refém de mensalistas, carreiristas da vida pública, de fisiológicos, precisamos das reformas, em especial a política e administrativa que busque aproximar da gestão do poder público o particular, o terceiro setor, e que propicie o diálogo entre a sociedade e as instituições, estimulando a participação social através de novas tecnologias em favor da produtividade. Devemos acabar com a tirania institucional que assola o país há muito tempo, o momento é de ruptura com o modelo de nação que vivemos até hoje, nós somos donos do nosso próprio destino, somos livres, vamos tirar a bunda da poltrona, venha contribuir no terceiro setor(ONG´s), você recebeu educação então repasse é o seu dever para com a humanidade, venha ser cidadão proativo, ser #CIDADÃOON, quem deve temer são eles, e não nós, por isso MOBILIZE-SE! 
 

Paulo Rogério Barcelos Santiago Lima (PAULO BARTH) Graduado em direito/ UNIVAG Graduado em Filosofia / UFMTPós-graduado em Docência em Nível Superior / Faculdade AfirmativoPós-graduado em Neuroeducação na FEICS
Aluno da Pós-graduação de licitação e contratos da Escola do Legislativo
Professor voluntario do Coletivo Cuiabá, Diretor presidente da ONG educacional Florescer.
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