Olhar Direto

Sábado, 20 de abril de 2024

Opinião

86 anos, de luta e dedicação

"Ninguém viveu a vida que vivi. Ninguém sofreu na vida o que sofri. As lágrimas sentidas. Os meus sorrisos francos. Refletem-se hoje em dia. Nos meus cabelos brancos. E agora em homenagem ao meu fim. Não falem dessa mulher perto de mim".

Esta música cantada por Nelson Gonçalves retrata bem, a trajetória de vida de um senhor, que na segunda-feira (29), completou 86 anos de vida, reporto-me, ao senhor Luiz Assis e Silva.

Nesses áureos tempos de sua vida, viveu ao lado da sua amada, uma grande mulher, esposa fiel e dedicada aos afazeres da casa, e no trato das crianças; construíram uma linda família, uma prole considerável, quatro filhos.

O primogênito, Luiz de Assis Silva Filho, Edmundo de Assis e Silva, Taíssa Maria Assis e Silva e a caçula Luciana Vicência do Carmo de Assis e Silva.

O senhor Luiz, teve sorte grande de ter ao seu lado, a senhora Bernadete Proença de Assis e Silva, in memoriam, com quem viveu  41 anos, dias de  glorias e vitórias.

Porém, de forma inesperada de mim  foi tirada, assim como é a vida, que muito se assemelha, a uma peça de teatro, que não permite ensaios; por isso, cante, dance, ria e viva intensamente, pois de repente o diretor dela Deus, poderá fechar à cortina dando fim a mesma.

"Assim aconteceu com a minha amada esposa, porém respeitamos os desígnios de Deus e entendemos o papel de cada um de nós nesta terra, o papel dela, foi cumprido com maestria".

Falar do senhor Luiz Assis e Silva é fácil, por se tratar de um grande homem, que em seus 86 anos de vida, construiu um império de religiosidade, pautado na honestidade, na retidão de caráter, homem, de principio religioso de dar inveja a qualquer um.

Sua trajetória de vida foi marcada por muita luta e sofrimento, porém sempre otimista e temente a Deus; sua fé inabalável em Deus e religiosidade, o fez vencer na vida.

 Ainda jovem e casado, embrenhou-se nos rincões de Mato Grosso, ajudando seu pai na formação da Fazenda denominada São Bom Jesus, apelidada por eles de forma carinhosa de (ipoeira), em função das estradas de terra, propriedade esta, situada no município de Poconé.

Sentindo a necessidade de dar estudo aos seus filhos, compra uma terra,  próxima a Poconé e inicia seu desbravamento, a esta propriedade denominou de Fazenda Nova.

Foi nessa propriedade, que seus filhos, sentiram na pele o que é administrar algo, naquele momento, existia apenas uma casa muito modesta, sem nenhuma estrutura, porém a vontade de vencer era de todos.

O senhor Luiz, na madrugada já acordava os filhos homens, para as tarefas de tirar leite, capinar, posteriormente fazer rapaduras e queijos deliciosos que eram vendidos na cidade, dessa forma, sustentou a família, na humildade, porém pautado na honestidade.

As meninas não tiveram vida fácil, a Táissa, ajudava o senhor Luiz na plantação de banana, enquanto a caçula Luciana, ajudava a mãe varrendo o quintal de terra batida.

Joseana Antônia Proença Amaral, conhecida por todos carinhosamente   pelo apelido de "úca", sobrinha do casal, e afilhada deles, adorava, passar as férias na fazenda, principalmente, para tomar caldo de cana, conhecido antigamente nas propriedades  rurais como  "garapa", com  o qual, era usado para fazer a rapadura,  além de comer os deliciosos queijos frescos feitos pela família.

De tudo que foi dito por mim a respeito do senhor Luiz, a sua maior riqueza está na sua religiosidade, pois todos os dias ele acorda às 3 horas da manhã, de joelho reza o terço, só depois, passa a fazer suas coisas mundanas, a fé deste homem é algo inimaginável.

Parabéns, senhor Luiz, que Deus o ilumine sempre!


Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo.
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