Olhar Direto

Quinta-feira, 28 de março de 2024

Opinião

Sesc Pantanal: um negócio com propósito sustentável

Sustentabilidade empresarial. Ativos ambientais. Produção de natureza. Negócios com propósito. Esses termos orbitam todos os grandes encontros de negócios ao redor do planeta e são tendências às quais as empresas buscam se adaptar para não perder competitividade e mercado.

Se obter lucros é, por definição, o princípio de todo negócio, o lucro a qualquer custo já não é mais concebível no mundo em que a consciência do consumidor mudou.

Pesquisas divulgadas em 2019 mostram que 87% da população brasileira prefere comprar de empresas sustentáveis e não se importa em pagar mais caro por isso. Essa mudança de paradigma faz com que as empresas adaptem seus processos para atender esse público e é força motivadora para muitos novos negócios que surgem a partir do DNA da responsabilidade socioambiental.

Empresas que criam projetos sociais e ambientais e a partir disso encontram uma forma de obter rentabilidade para manter a operação é uma realidade cada vez mais comum no mundo corporativo e uma atitude cada vez mais valorizada na sociedade.

Mas se esse é um movimento recente no país e ainda nos valemos de exemplos internacionais para citar o sucesso do conceito aplicado na prática, não podemos deixar de divulgar e referenciar o pioneirismo do Sesc Pantanal, polo socioambiental do Sesc fundado há vinte e três anos e que desde o começo surgiu com um propósito claro: ser um ativo ambiental sustentável e capaz de fazer diferença na comunidade onde está inserido.

Há duas décadas esses temas não eram pauta no mundo empresarial, tampouco nas instituições como o Serviço Social do Comércio. Porém, a visão arrojada da gestão do Sesc enxergou no Pantanal o lugar ideal para receber um projeto inovador. E assim foi criada a maior Reserva Privada do Patrimônio Natural – RPPN - do Brasil, com 108 mil hectares, no município de Barão de Melgaço, em Mato Grosso.
 
Foi construído um hotel que pratica turismo responsável. Foi adquirido o Parque Sesc Baía das Pedras, que é o ponto central de pesquisas do Pantanal. Foi construído o Sesc Poconé para levar lazer, saúde, educação, esporte e cultura para a comunidade. E foi comprado o Parque Sesc Serra Azul para preservar uma das principais nascentes que abastecem a região pantaneira. Um ecossistema de negócios que preza pela preservação de um dos biomas mais importantes do mundo, ao mesmo tempo em que se preocupa em manter a identidade do ser humano pantaneiro, possibilitando melhoria na qualidade de vida da população no entorno dos empreendimentos.

Temos muito orgulho em afirmar que o Sesc Pantanal, que hoje completa 23 anos de existência, foi pioneiro e já implementava uma tendência de negócios que só agora parece tomar corpo e se difundir no meio empresarial.

Se hoje servimos de referência e modelo, é porque desde sempre houve um propósito claro para aquele projeto: criar permanente conexão entre instituição e sociedade. É o que nos faz ser relevantes na região onde atuamos.

O autor e empresário Joey Reimam afirma com propriedade que "até agora, o objetivo dos negócios tem sido o de gerar mais negócios: melhorar resultados e enriquecer acionistas. Mas hoje há uma mudança em andamento – conduzida por uma vanguarda de líderes empresariais que acreditam num propósito mais elevado para os negócios: fazer do mundo um lugar mais rico e significativo de se viver." 

Nós acreditamos que a natureza gera mais riquezas preservada do que destruída. A integridade ecológica é capaz de alavancar o potencial econômico, apoiar a comunidade. E é isso que buscamos fazer com o Sesc Pantanal, em Mato Grosso. Quanto mais líderes, empresas, instituições e cidadãos se derem conta da importância da conservação da natureza, mais rico, significativo e sustentável será o mundo.


Carlos Artexes é Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc
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