É impressionante, como a vacância do cargo de Senador; mesmo que seja em eleição suplementar, possa afetar o imaginário das pessoas, ao ponto, de algumas delas, quererem dizer quem pode e quem não pode participara do processo eletivo, do dia 26 de abril.

Estou dizendo isso, pautado na  fala proferida por uma legítima pré-candidata a vacância do cargo à senatoria, a senhora Gisela Simona (Pros).

Ela criticou o fato de políticos detentores de mandato em andamento colocarem seus nomes na disputa à vaga aberta com a cassação da senadora Selma Arruda (Podemos), ela complementa “é “desrespeito” detentores de mandato, disputarem vaga”.

Primeiro, vamos entender a palavra em questão “desrespeito” pelo pouco que entendo, quer dizer “ato ou efeito de desrespeitar, falta de respeito, desacato, irreverência e desprezo”.

Ela faz citação de vários nomes  com mandato, porém é claro e notório, que o nome que mais a preocupa é sem dúvida alguma; de um emergente, oriundo da periferia da capital, que em curto período de tempo na condição de parlamentar, conseguiu agregar, lutar e batalhar incansavelmente pelos menos favorecidos pela sorte, os expropriados do capital (pessoas humildes da periferia, da qual  é originário).

Reporto-me, ao deputado estadual Elizeu Nascimento (DC), eleito deputado estadual com 21.347 votos, oriundo de um bairro periférico da capital, Altos da Serra, porém obteve votação em 140 municípios no Estado.

O mesmo reside até hoje no  bairro Altos da Serra, na  Av. Governador Valadares n° 18, isso é prova inequívoca  que o mesmo, mantem suas raízes no bairro, que o projetou à vida política.

Como parlamentar na 19ª legislatura da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, vem desenvolvendo trabalho hercúleo, com 1912 proposições    em tramitação, além de ter sido, defensor ferrenho do pagamento da Reposição Geral Anual (RGA), lutou veementemente contra o famigerado Projeto de Lei n° 668/2019, conhecido como “Cota Zero” do governo estadual,  além de ser o idealizador e mentor,  da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Energisa-MT, entre tantos outros.

Vivemos em um país democrático, portanto a democracia, palavra em voga, que se faz presente em todo processo de escolha de um nome, para este ou aquele cargo, com mandato eletivo ou não. Democracia quer dizer, regime político em que, todos os cidadãos elegíveis podem participar igualmente de uma disputa eleitoral.

Obviamente, esta disputa será sem dúvida alguma, uma das mais acirradas, pois mesmo antes da homologação dos nomes para concorrer ao cargo, pois até o momento, os nomes citados são de postulantes na condição de pré-candidatos, mesmo assim a  cizânia entre eles já acontece.

Esta disputa eletiva terá por certo, um divisor de águas, claro e cristalino.

 De um lado estará presente, a velha oligarquia política capitaneada pelo agronegócio, que perpetuam no poder há décadas, representado principalmente o sul do Estado. 

De outro lado estarão os emergentes, tendo como representante maior o deputado estadual Elizeu Nascimento (DC), que tem lutado pelos seguimentos organizados, pelos movimentos sindicais, e tem batalhado exaustivamente, em prol dos irmãos de farda da nossa gloriosa Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, do qual ele é oriundo; uma pessoa que sai aos seus não degenera.

O mesmo terá a seu favor,  trabalho por ele desenvolvido como vereador e agora na condição de deputado estadual, ele não irá precisar como muitos, de fazer uso de falácias, para ganhar votos.

Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo