Olhar Direto

Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Opinião

Quando a imbecilização corrompe a capacidade de raciocínio

Tudo nesta vida tem limites. O que está acontecendo em nosso país neste momento histórico já ultrapassou as raias da paciência e da sensatez. A pandemia do Covid-19 está sendo utilizada de forma, não política, mas politiqueira, baixa, medíocre, ou seja, naquilo que a política moderna (gestada por Maquiavel) tem de pior. A demagogia, a hipocrisia e a irresponsabilidade de uma militância esquerdista insana, aliada a muitos governadores, prefeitos e parlamentares oportunistas e, estes sim, golpistas, sobretudo no Congresso Nacional, encaminham o país para o caos econômico e, consequentemente, social.

O Presidente da República, em que peses suas limitações, como todo ser humano as tem, inclusive os grandes líderes do passado que estiveram à frente de seus países em momentos de graves crises e conturbações sociais igualmente as tiveram, sofre um massacre midiático como nunca se viu. Bolsonaro é o que é. Não enganou ninguém. Elegeu-se sem fundo partidário, doações de empreiteiras e demais falcatruas eleitorais características do Brasil e elevadas a um grau de sofisticação na escala de maracutaia pelo PT, et caterva, nunca antes observado nessas terras. O PR adotou um posicionamento frente à pandemia procurando mostrar à população que essa história de dicotomia entre economia e saúde é um falso dilema moral. Um vírus endêmico é um inimigo da população de uma nação. Como inimigo, tem que ser combatido. Como em qualquer guerra, pessoas morrerão, lamentavelmente, como morrem ou pelo menos morriam no Brasil, 60.000 pessoas/ano, vítimas do crime e da violência (que para a esquerda, seus autores são vítimas da sociedade). Como em qualquer guerra, estratégias precisam ser formuladas e planos de ação colocados em prática. Como em qualquer guerra, não são apenas as armas, as bombas, os equipamentos e os soldados que combaterão. Há toda uma retaguarda logística que dará o suporte aos que combatem na linha de frente. Toda a população do país se volta para o esforço de guerra: indústrias, fábricas, comércios, autônomos, artesãos etc vão envidar empenho para que a guerra seja vencida. Ou seja, a economia não é desligada enquanto a guerra é travada. Muito pelo contrário, ela é elevada à sua máxima potência e capacidade.

Mas nossa esquerda, inconformada pela perda do poder político, vê nesse evento, com natureza de guerra, uma oportunidade de derrubar ou enfraquecer politicamente o líder da nação. Como? Desinformando, alarmando, adulterando histrionicamente os fatos e deformando a realidade para amoldar-se à sua narrativa. Querem lutar uma guerra onde os soldados ficam em casa, gritando para o inimigo ir embora. É grotesco, é lamentável e perturbador. Mas o pior não é isso. O pior é ter que ouvir através das mídias sociais as opiniões e comentários dos analistas de plantão. É estarrecedor observar parte da mídia dando voz a criminosos condenados por corrupção e lavagem de dinheiro fazendo “lives” e emitindo críticas à gestão federal. Políticos como Lula e Dilma que construíram arenas que hoje são elefantes brancos e, pasmem, ironicamente estão sendo transformadas em escolas e, agora, em hospitais de campanha, achando-se com envergadura moral de tecer comentários com emanações de pseudo-soluções para a crise. Lula riu, cinicamente, e desdenhou quando perguntado, à época dos preparativos para a Copa do Mundo, se não seria melhor construir hospitais e escolas ao invés de arenas esportivas. Esse era o grande líder, o pai dos pobres. O homem que pode ser referir a uma mulher como “grelo duro” e todos acharem politicamente engraçado. Onde estavam as pessoas e os políticos que hoje atiram pedras no Governo quando o país foi diligentemente saqueado? Que se recolham à sua insignificância! Que abstenham-se de juízos! Que silenciem, reflitam e, aqueles que devem, que paguem pelos seus crimes. Simples assim.

Para o bem ou para o mal, não vou entrar no mérito, a economia de uma nação é o conjunto de relações de produção necessário para garantir as condições materiais de existência. Sem isso, voltamos ao estado de natureza e ao definhamento. Pergunte-se: quanto tempo um país suporta com seu sistema econômico desligado? Um mês? Dois? Três? Seis? Doze? Quanto tempo as reservas cambiais da nação são suficientes para atender as demandas existenciais da população? Perceba que a esquerda e os torcedores do caos queriam desligar a economia por completo. Bolsonaro nunca defendeu que não houvesse isolamento social. Mas teve a coragem de dizer que a economia não poderia ser simplesmente desligada e todos ficarem em casa. Era preciso equilibrar o sistema, mesmo assim, por tempo limitado. Os países atingidos não adotaram solução universal, mas local. Como deve ser. Lembrem-se do exemplo da guerra: sem logística e estratégia a derrota é certa. Fico imaginando se o Brasil entrasse em guerra com outro país. A esquerda defenderia que os soldados ficassem em casa combatendo via redes sociais porque muitos iriam morrer?

A esquerda progressista está assustada com a emergência de uma forma de pensar que contrasta com seus paradigmas. Essa “polarização” que acontece no Brasil é natural. O que não era saudável à nossa jovem democracia era justamente a hegemonia de uma visão de mundo. Contudo, surge uma nova questão. Como combater uma forma de pensar que é nefasta? Como combater uma estrutura mental que é formatada para desestruturar o que existe e deformar os valores consagrados pela tradição e aprovados pelo teste do tempo? É contra isso que estamos lutando. Essa é a dialética negativa que molda o cérebro da esquerda revolucionária. São relativistas morais por excelência. Falamos dos intelectuais orgânicos, responsáveis pela doutrinação e condução da massa de imbecis que encorajam a substituir o que na visão deles é o obstáculo a uma sociedade justa e igualitária: a moral judaico-cristã e a tradição de pensamento que remonta aos gregos antigos. Para esses historicistas marxistas o mundo começou com a revolução francesa.

Tempos difíceis forjam homens fortes. Homens fortes tornam os tempos difíceis fáceis. Tempos fáceis produzem homens fracos. Tal é a condição da pós-modernidade.





Julio Cezar Rodrigues é economista e advogado (rodriguesadv193@gmail.com)


 
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