Olhar Direto

Sexta-feira, 29 de março de 2024

Opinião

Os Bondinhos e o VLT

Vejam que a história se repete, pois  o Projeto do Bondinho de Cuiabá, ontem, e o VLT hoje, começaram errados por utilizar projeto copiado e inadequado para a realidade de Cuiabá.

Os registros históricos confirmam que no Planejamento da Administração Pública de Cuiabá, em 1871 começaram com os infindáveis debates para viabilizar a Mobilidade Urbana de Cuiabá, com a instalação de um Sistema de Integração de Transporte interligando o centro de Cuiabá ao Porto.

Naquele tempo,  mesmo sem o Computador, utilizaram o sistema muito usado hoje, o famoso “copiar – colar”, e o Projeto de Cuiabá foi copiado ao que era utilizado no Uruguai, que usava o motor a vapor para locomover os Bondes, mas o Projeto de Cuiabá teve a opção errada  por  instalar o famoso “Bondinho puxado a Burro”, e que funcionou  entre os anos de 1891 a 1918, e o antigo VLT Cuiabano,  se locomovia puxado por tração animal ao longo de trilhos que se estendiam desde o Largo da Mandioca (Praça da Mandioca), passando por áreas centrais da cidade,  e seguia pela Rua 13 de junho até estação do Porto. 

Naquela época, os dirigentes e “os cabeças” pensantes de Cuiabá, resolveram os entraves para viabilizar o projeto copiando ao que eram utilizado em Montevidéu, que começou em 1871 e só foi definido em 1.889, quando os portugueses e cuiabanos formaram a  Companhia Progresso Cuyabano, Ferro, Carril e Matadouro para, finalmente, consolidar as linhas de “bonde puxado a burro” entre as duas principais partes da cidade num prazo de dois anos. 

Naquela época os dirigentes produziram uma cópia do Projeto dos Bondes usado em Montevidéu que era movido a vapor, e no Projeto de Cuiabá optaram por “Bonde puxado a Burros”, e depois de instalados, funcionou de 1.891 a 1918, e que depois foi constatado que o transporte era muito lento, e tentaram substituir a tração utilizado pelos burricos para a tração mecânica a vapor,.

Mas, depois descobriram que infelizmente deveria ser paralisada, pois a “bitola estreita dos trilhos não permitia desenvolver a velocidade da máquina, que descarrilava, e naquele tempo, não havia  CPI do VLT ou Relatório do TCE, ou MPE com investigações do desvios de recursos públicos, ou operação com prisões preventivas com interrogatórios infindáveis e delações premiadas, e por fim, os “bondinhos puxados pelos pares de burros” pararam para sempre, e desde 1918 até 2012 os projetos de estavam adormecidos e foram “acordados” com o barulho da Copa do Mundo. 

Ontem o projeto dos Bondes puxado a Burros, e hoje o VLT, com contrato com valor inicial de 01 Bilhão e 400 milhões de reais, não tinha projeto sobre a implantação física, apenas as rotas  com dois eixos, CPA-Aeroporto e Coxipó - Centro, o modal seria implantado no canteiro central (com oito metros de largura) das avenidas João Ponce de Arruda e FEB, em Várzea Grande; XV de Novembro, Tenente-Coronel Duarte (Prainha), Historiador Rubens de Mendonça (CPA), Coronel Escolástico e Fernando Corrêa da Costa, que são apenas rotas sem projeto executivo.

Sem projeto e com inúmeras irregularidades, tanto o projeto dos “burros” como o dos “corruptos”, estão parados, agora as autoridades não desenterrar as “Cabeças dos Burros” que puxaram os Bondinhos no período de 1.891 a 1.918, a “praga rogada” para que Cuiabá não tenha Veículos Sobre Trilhos” vai continuar, e  dizem que essas “cabeças dos burros”, estão enterradas na Praça da Mandioca, que era a Estação Final.    

 

Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.Fale com o Autor: wilsonfua@gmail.com
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