Olhar Direto

Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Opinião

Entendimento nacional

Nestes primeiros meses de 2020 a população mundial foi surpreendida e profundamente afetada pela disseminação da COVID 19, denominação dada pela OMS – Organização Mundial de Saúde, à pandemia do coronavírus, este surgido em uma região da China proliferando rapidamente para quase todos os países do globo terrestre.

Penetrando no continente europeu em pleno inverno, os efeitos do coronavírus foram desastrosos em muitos países notadamente na Itália, Espanha, França e outros. Milhares de vidas perdidas em especial as dos mais idosos considerados de maior risco à contaminação do vírus. A partir de fevereiro os países da América do Sul passaram a apresentar os primeiros casos da COVID 19, levando os seus governantes a promover ações diversas na preparação dos seus precários sistemas de saúde para o atendimento às pessoas contaminadas.

No Brasil, em que pese a lamentável morte de cerca de doze mil irmãos brasileiros vitimados pelo coronavírus, a ocorrência desses óbitos não foi igualmente distribuída estando a maior concentração na região metropolitana de São Paulo com cerca de 30% deles, seguido pelo Rio de Janeiro, Manaus, Belém, São Luiz e Recife. A explicação para essa disparidade não tem sido unânime mesmo dentre aquelas emitidas pelos profissionais da saúde.

Embora tenham sido tomadas inúmeras providências pelas autoridades governamentais, notadamente para amenizar o sofrimento das pessoas mais humildes e desprotegidas, o isolamento social em vigor há dois meses trouxe consequências danosas à economia do país podendo levá-la ao desastroso colapso. Lamentavelmente, não há até o momento a necessária convergência de pensamentos entre as elevadas autoridades quanto à definição de um Plano para o retorno, gradativo e cauteloso, das pessoas às suas atividades produtivas.

Eis que urge a imperiosa necessidade de um entendimento nacional a ser acordado entre os dirigentes dos três poderes constituídos, em atenção e respeito à sofrida população carente a qual não mais suporta permanecer isolada sem recursos para o atendimento sequer do mínimo de suas necessidades. Atrevo-me a apresentar a essas autoridades neste grave, sério e delicado momento, uma proposta a qual eu acredito possa apontar o caminho para a solução.

Sugiro que ainda neste mês de maio, em um final de semana, seja realizado no Plenário do Senado um especial ENCONTRO, histórico e possivelmente inédito, das mais altas autoridades do país: o presidente da República, o vice Presidente, os ministros de Estado, os onze ministros do STF, os presidentes da Câmara Federal e do Senado, os líderes dos partidos no Congresso e os governadores dos 27 estados. Devidamente planejado, o encontro teria a finalidade de definir o Plano consensual do nosso retorno gradual à atividade normal de trabalho.

Obviamente para a definição do Plano, inicialmente seriam ouvidos os depoimentos de três abalizados médicos cientistas especialmente convidados, as opiniões dos governadores e as dos dirigentes dos três Poderes constituídos. O Plano conteria o compromisso do Congresso em dar prosseguimento na aprovação das reformas estruturantes: da Administração e a Tributária, bem como colocar na pauta, com a devida urgência, a reforma partidária/eleitoral, esta considerada imprescindível para imprimir as novas normas às eleições gerais em 2022.

Aprovado o Plano, ele passaria a ser o norteador de todas as ações da população até o final do ano 2021. As disputas políticas, naturais entre os partidos na busca da conquista do poder, seriam congeladas nesse período, retornando tão somente em 2022 quando dos preparativos e dos acertos partidários para a apresentação de programas de governos e de candidatos para as eleições gerais em todo o território nacional. É como eu penso e sugiro.

Brasil unido, forte e justo: dever de todos nós!


Otacílio Borges Canavarros - cidadão brasileiro consciente – email: otacana@gmail.com
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