Olhar Direto

Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Opinião

A solidariedade fraterna da sociedade

O mundo está em pânico por razões pandêmicas das quais não preciso lembrar. Os países vivem à sombra de incertezas e desconfianças. Entre as pessoas, uns aos outros, nota-se. Acusações surgem parte-a-parte – poderes, instituições, descasos misturados com abusos e, infelizmente, a própria sociedade desvairada, porém impotente. O clima, todavia, é de esperança por soluções que devolvam a tranquilidade e a paz. Sem querer, querendo, cheguei ao ponto que me inspira esse artigo: falar de paz, de tranquilidade, de reflexão e, sobretudo, confraternidade entre as pessoas, tanto no Brasil como no mundo.

Independentemente dos desencontros ideológicos no poder executivo de um modo geral, embora seja por pura ignorância, a sociedade tem que fazer a sua parte, pelo menos tentar cumprir as recomendações de combate ao Covid-19. Isso é mais que importante, é essencial. Todavia, há também outras formas – que me perdoem os críticos com bagagem maior que eu – de se desvincular das aflições a que vem se submetendo. Uma delas, por exemplo, é manter-se alegre, relaxado e, se possível, procurar sempre, um motivo para soltar um sorriso, uma gargalhada, nem que por ironia. O negócio é viver, ser feliz e deixar a vida te levar. Enquanto se sorri, ignora-se a lágrima, esquecem-se sofrimentos, tédios, rancores, frustrações, como também os males que por ventura “olhos invejosos” tentam fazer morada no seu, no meu, no nosso coração.

A sociedade de classe média, que ainda tem o seu emprego e sua estabilidade financeira sustentável, é sensível à desgraça dos que estão em estado clamoroso. Tanto é, que é, que ela, incomodada, vem se mobilizando para amenizar o sofrimento de pessoas em condições miseráveis como: mendigos moradores de rua, pais de família desempregados, bem como famílias que moram nas favelas ou bairros de periferia sem a menor condição de sobrevivência, sem a mínima infraestrutura necessária, como a água potável por exemplo. Infelizmente, lamentável.

Nada, de tudo na vida, está esquecido ou totalmente desamparado. Prova disto é que essa sociedade, menos precária, tem se mobilizado, fazendo campanha para arrecadar recursos de todos os gêneros para amparar, de certa forma, a quem de fato precisa. São ações de manifestação solidaria e de compaixão que vem partindo de entidades filantrópicas, Ong’s, Maçonaria, Rotary Club e comunidades avulsas, como tem sido o caso do bairro Morada do Ouro. A comunidade da vila 04, setor Norte, por exemplo, se mobilizou, arrecadou dinheiro dos moradores, comprou cestas básicas e foi levar, “in loco”, a quem precisava. Não foi só isso que eles ganharam. Foi entregue também, um pouco de amor, de carinho e, solidariedade, o maior dos prazeres, revelou um orador que não quis se identificar. Pensando bem, eu que fiz parte dessa campanha, senti uma emoção tão grande que me senti mais humano, me esqueci da crise do Covid-19 e, sem querer persuadir a minha personalidade, me senti mais gente, mais humano, mais honesto. Será o que sente um político quando este desvia recursos públicos, sabendo que vai deixar o miserável, cada vez mais miserável?

Gilson Nunes é jornalista – gnunes01@yahoo.com.br – Cuiabá, 05 de julho de 2020.
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