Olhar Direto

Sábado, 20 de abril de 2024

Opinião

​Planos para o ano seguinte

A cada amanhecer o homem lança mão de sucessivas tentativas para decidir o futuro. São planos e mais planos elaborados na convicção que eles darão certos no dia seguinte. Para o ano vindouro então, os projetos tendem a ser mais audaciosos, digamos assim. E, pensando em se dar bem, principalmente na saúde e nas finanças, muitos usam até mesmo do auxílio de mandingas e simpatias conhecidas através da hereditariedade ou por apenas ter ouvido alguém falar, nesse sentido.
 
Entretanto, nem sempre esses anseios se concretizam, sobretudo, quando se foca as realizações dos sonhos apenas pela lógica humana. Fazendo isso, de cara, a possibilidade de acertos e erros ficam empatados em meio a meio, ou seja, em 50% para cada lado. Claro, é bom que se observe que tudo que é minimamente projetado e calculado conta com mais chances de acertos. 
 
Dias desses ao ouvir um sermão nesse sentido, proferido pelo pastor da Primeira Igreja Batista de Curitiba/PR Pascoal Piragine Júnior, algo me chamou atenção. Em suas claras palavras em tom compassivo, o pastor discorreu sobre o desejo constante desse sentimento de 'poder pessoal' está mesmo escrito e carimbado no coração do homem. Segundo o pastor, pelo fato do homem acreditar que pode tudo, muitos conspiram tomando decisões como sendo certas para cada manhã, o que pode ser um erro grosseiro já que o futuro não nos pertence.
 
A exposição pelo líder evangélico curitibano aguçou minha atenção quando este cita que uma das frases que mais se ouve falar por aí é: "Eu faço o que bem entendo porque sou dono do meu nariz!" Interessante tal frase. Ela remete de imediato às defesas do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (Nit) quando tenta aprimorar a questão pessoal do homem, fazendo este a pensar ser o seu próprio deus e achar que pode decidir o futuro usando das suas forças e poder - igual a um super-herói dos quadrinhos e televisão.
 
O mais interessante nisso é querer relacionar o poder do homem, não a do super-herói  Super-Homem, e sim ao super-herói Batman. Sim! Muitos ao menos tentarão romper o ano vindouro transfigurando em homem-morcego americano do DC Comics, criado pelo escritor Bill Finger e Bob Kane há mais de 80 anos. Como Batman, muitos pensam também carregar na cintura um cinto de utilidades repleto de cápsulas inventadas por ele mesmo dentro de uma Batcaverna que o livrará de qualquer situação de perigo e resolverá todos os problemas que lhe aparecerem pela frente. Arregaçam a manga e pronto, vamos pra cima.
 
Mas, novamente é bom que se lembre de que não é bem assim. O futuro não pertence ao homem e ninguém é dono do próprio nariz. Aliás, sequer é dono do ar que por ele passa, até porque, o sopro da vida vem de Deus, e se o oxigênio lhe for tirado à morte acontece em questão de instante. Também não se pode esquecer que neste mundo todos tendem a passar por aflições com tempo de frustração e tristeza inevitáveis, quando muitas delas serão resolvidas ou consoladas meramente pelo jeito humano.  
 
Quanto ao amanhã? Ele também pode não sair como planejado e o resultado disso tudo ainda pode ocasionar dores que consumirá demasiadamente o homem. A Bíblia cita isso no livro de Provérbios 16:1 quando diz que: "É da natureza humana fazer planos, mas a resposta certa vem do Senhor."
 
Cuidado em contar apenas com a autossuficiência humana para a solução dos planos elaborados, quando se sabe que a cada manhã se conta apenas com rabiscos em folhas brancas. A esperança de realizações e dias melhores deve sempre existir. Desistir, jamais! Sendo assim, pedir discernimento a Deus é o caminho correto para que os planos se concretizem no ano seguinte.   
 

Elizeu Silva é jornalista em Mato Grosso
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