Olhar Direto

Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Opinião

Quem planta ignorância colhe exclusão

As mídias sócias colocaram em um mesmo terreno todos os tipos de pessoas: famosos e anônimos. Deram voz a gente de diferentes credos, religiosos ou políticos, com conhecimento ou simplesmente palpiteiros de plantão. O bem e o mal passaram a ocupar o mesmo “livre” terreno online, o que possibilitou que muitas pessoas disparassem seus ataques para fazer suas guerrinhas particulares contra alguém ou contra um grupo.
 
Ester terreno “online” de fácil acesso trouxe vazão também a covardia, a loucura, ao crime e principalmente as manifestações politicas que normalmente as pessoas se envergonhariam de fazer em um ambiente com pessoas olhando em seus olhos.
 
Preconceituosos de todas as espécies, defensores de politicas e de políticos comprovadamente criminosos, defensores de sistemas excludentes, tais como ditaduras, regimes comunistas, imperialistas, nazistas ou fascistas, até extremismos terroristas ou ainda os bobões de plantão que gostam de defender algo diferentão, que ele mesmo não suportaria, mas deseja aos outros e ao seu país. Deleitam-se com a liberdade que querem acabar.
 
Por incrível que pareça, as maiores vitimas são os países democráticos, justamente por permitir a livre manifestação. Estamos falando de um cidadão que usa a democracia para ataca-la e o faz se beneficiando das prerrogativas que apenas um regime democrático proporciona.
 
São defesas de práticas não vivenciadas por aqueles que defendem até porque o fazem imaginando que ele seria beneficiado em detrimento dos outros. Como afirmou o Marques de Maricá: “Sempre haverá mais ignorantes que sabedores enquanto a ignorância for gratuita e a ciência dispendiosa”.
 
Com a permissão consentida para o plantio das ofensas, de noticias criminosas e o terreno livre para espalhar fake News, pessoas inescrupulosas ou com alta potencialidade de comunicação, somadas as oportunidades concedidas pela ignorância do ouvir, encontram vazão para subir escadas de poder e propagar falsas verdades  que excluem, discriminam, assassinam reputações, destroem a autoestima e até matam.
 
O pior de tudo é que atrás destes vai seguidores. Há um provérbio popular que diz que “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. Agora imagina em “miolo mole” ou em gente que nega o conhecimento historicamente acumulado? “Autodidata é um ignorante por conta própria”, já dizia Mario Quintana.
 
A questão que tudo isso tem um preço que pode ser individual (crime) ou coletivo. Com o empoderamento de pessoas em cargos de relevância que de alguma forma passam a comandar alguém ou alguma coisa no território político ou jurídico.
 
Acontece que todos os extremistas, sejam religiosos ou políticos de qualquer credo ou vertente, são naturalmente covardes, pois tendo a força procura eliminar tudo aquilo que o assusta. E não dá para ser governado por pessoas que condenam a arte por medo do artista. No plantio da ignorância só há uma colheita: a exclusão! inclusive do município, estado ou nação que por este venha ser governado.
 

João Edisom de Souza 
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