Olhar Direto

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Opinião

Até quando essa esquerda nacional vai nos iludir ?

Considerando que, por definição, a implementação de uma “economia” comunista é IMPOSSÍVEL (como Ludwig Von Mises já demonstrou cabalmente ainda na década de 1920), aliado ao fato, também incontroverso, de que toda a esquerda política tem como fim último (pelo menos nunca o descarta in limine) este modelo econômico, resta-nos perguntar: o que pretendem para o Brasil todos os partidos de esquerda registrados no STE?

Eu acredito que há um limite para tudo nessa vida. Eu realmente não sei em qual realidade vive nossa esquerda, certamente não deve ser essa realidade objetiva que percebo com meus cinco sentidos.

Não é possível! O Estado brasileiro (União, Estados-membros e Municípios), caso fossem sociedades empresariais, já estariam em processo de falência ou recuperação judicial. Somente o Governo Federal deverá ter que administrar em 2019 um déficit da ordem de 300 bilhões de reais.

Como uma instituição que não produz riqueza, apenas gasta, vai conseguir bancar essa conta? Aumentando tributos e entrangulando ainda mais o setor produtivo? Cortando gastos e enfrentando a gritaria dos esquerdopatas que vivem enclausurados em sua mediocridade intelectual usando os pobres como escudo para manterem-se como os paladinos da justiça social? Pedir mais empréstimos para manter os gastos atuais? ...

A farra fiscal dos treze anos de desgoverno petista deverá ser agora enfrentada ou entraremos em um caos fiscal que consumirá até a próxima geração. Para não ficar em “achismos” e ser defenestrado pela psicopatia da esquerda nacional, vamos mostrar alguns dados oficiais disponibilizado pelo Banco Central sobre a evolução da dívida do Governo Federal.

No período de julho de 1994 até janeiro de 2018 o Governo Federal emitiu, em títulos do tesouro nacional, a impressionante quantia de R$ 5,25 trilhões de reais, para alimentar a máquina pública e a burocracia, conforme apresentado no gráfico abaixo::

Evolução da dívida total do governo federal (disponível em www.mises.org.br/Article.aspx?id=2828)

Observa-se que durante os dois governos FHC (1994-2002) a evolução da dívida foi relativamente linear, não atingindo a casa do trilhão de reais. O Governo Lula ultrapassa 1 trilhão e entrega para Dilma já no patamar de 2 trilhões. Note que, em seu Governo, Dilma eleva a dívida de 2 trilhões para quase 4 trilhões em seis até sofrer impedimento em 2016. O Governo Temer, em dois anos, também eleva a dívida em mais de 1 trilhão de reais.

Perceba que não estamos falando em recursos arrecadados e gastos. Simplesmente trata-se de dívida oriunda de um orçamento de gasta muito mais do que arrecada. Mas esse endividamento foi necessário para que o Governo cumprisse seus compromissos com a área social, defenderão os alucinados que insistem em subverter a lógica. Esse é o problema.

O Brasil, depois de construir uma constituição socialista (todos tem direito a tudo, sem dizer de onde sairia o dinheiro) para, em tese, dizer-se um estado de bem estar social, tem sido governado por apoiadores de uma economia com alto nível de intervenção estatal.

Ao mesmo tempo em que necessita de muito recurso para pagar a conta do estado-social, sufoca o setor produtivo com uma carga tributária elevada, corrupção endêmica, excesso de regulamentação, incompetência gerencial, política de subsídios pautada por interesses escusos (projetos de manutenção do poder, por exemplo) e uma miríade de decisões econômicas equivocadas.

O fato é que esta geração está perdida e as próximas severamente comprometidas. O véu de ignorância que atinge nossa elite pensante (majoritariamente de esquerda) não será removido. Tais pessoas deverão ser substituídas por outras que passem a promover uma mudança de mentalidade que dissemine para toda a nação que um país próspero e justo não se faz usurpando os direitos naturais e corroendo os valores tradicionais e testados pelo tempo. A economia capitalista não será substituída pela economia comunista. O PT, o PcdoB e todos que gravitam em torno dessa ideologia sabem disso. Não existe “economia comunista” por definição. Esse pessoal, na verdade, que poder, controle. Querem um setor produtivo “de joelhos” sob seus auspícios diretivos.

É óbvio que o mundo atual atingiu um patamar civilizacional que não pode admitir pessoas ainda vivendo abaixo da linha da pobreza. Há que se ter um “colchão social” que garanta o mínimo existencial para suprir as condições elementares de sobrevivência. É o que chamamos de “estado necessário”. O Brasil precisa de um projeto de nação que, ao longo do tempo, caminhe para tal desiderato. Mas é preciso entender que são as pessoas, individualmente, exercendo sua liberdade, garantia da propriedade privada e talentos empreendedores que fornecerão a riqueza necessária à garantia desse patamar mínimo de existência.

Não existe mágica, e sim trabalho, muito trabalho. Ficar oito horas/dia em uma faculdade pública com chinelo de couro, fumando um baseado e estudando Marx, não contribuirá em nada para esse projeto. Enquanto isso nossos engenheiros, físicos, matemáticos e tantos outros das ciências “duras” deixam o Brasil e vão para outros países. Perdendo nossos cérebros e talentos não chegaremos muito longe. Apenas pense por um minuto.

O que contribuirá mais para o progresso material desta nação: jovens alunos sendo doutrinados na fracassada ideologia leninista/marxista ou jovens químicos, engenheiros e físicos estudando, por exemplo, as aplicações do grafeno (derivado do grafite e uma das substâncias com potencial de substituir os atuais elementos da indústria tecnológica) para a indústria?

Infelizmente, a nação ainda não acordou para destruição das mentes que as ações da esquerda já provocaram e o potencial de danos que ainda podem causar ao futuro do país. Pior que assistir a uma nação pujante chafurdar é ainda ter que ouvir as pessoas que ajudaram a construir esse cenário virem a público dizer que agora possuem a solução do problema. Durma-se com um barulho desses.
 

Julio Cezar Rodrigues é economista e advogado (rodriguesadv193@gmail.com)
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