O agronegócio é um orgulho para Mato Grosso, ninguém discute isso. Mas essa receita de sucesso precisa servir agora para os pequenos produtores e, principalmente, servir de exemplo para o desenvolvimento de regiões do estado que estão fora desse processo de riqueza e geração de oportunidades.

Chegou a hora do agronegócio ser, também, força propulsora da geração de renda e empregos na Baixada Cuiabana. Vamos aproveitar a sua vocação natural, abrindo uma nova e real perspectiva de ganhos e de ocupação das zonas rurais dos municípios da região.

O negócio que se abre para Cuiabá e para os municípios da Baixada é a fruticultura, a produção de caju e manga, duas frutas naturais da região e com ótimos ganhos nos mercados nacional e mundial. Costumo brincar que até hoje apenas os poetas e artistas plásticos souberam aproveitar bem essas frutas, escrevendo ou pintando sobre as delícias da nossa cultura gastronômica.

O caminho para o salto de qualidade na produção de fruticultura na Baixada Cuiabana é através de um grande Programa de Irrigação. A região Centro-Oeste tem direito a 30% das verbas do Programa Nacional de Irrigação do Governo Federal, mas isso nunca foi bem aproveitado por Mato Grosso, de maneira eficiente. A nossa proposta é ajudar o nosso governador Mauro Mendes a implantar esse importante programa de fruticultura no estado, com o nosso trabalho e articulação política na Câmara Federal e nos Ministérios em Brasília, para a liberação dos recursos necessários.

Isso é possível. Eu conheço com funciona Brasília. Estou em primeiro lugar do Brasil na liberação e pagamento de emendas parlamentares.

A Baixada Cuiabana será um grande polo da fruticultura através da irrigação. Utilizando água da barragem do Manso, o projeto beneficiará os pequenos produtores, que plantarão frutas nativas, como o caju e a manga, gerando novos empregos e impulsionando a economia de Mato Grosso.

A fruticultura já é aproveitada em grande escala nas regiões do semiárido, como acontece em Juazeiro do Norte, no Ceará, um grande polo desse setor do agronegócio. No Polo Agroindustrial de Petrolina-Juazeiro encontram-se os maiores produtores de manga e uva do país, tendo alguns deles já alcançado mercados externos.

A região do Pólo de Agricultura de Petrolina-Juazeiro apresenta a maior densidade de plantio de manga, com 12,5 mil hectares e representa57,3% dos plantios de manga existentes em todo o Vale do São Francisco (CODEVASF, 1999). Essa cultura é responsável por cerca de 16.000 empregos diretos nessa região.

Já o Ceará lidera o ranking brasileiro na produção de Caju. A cultura do cajueiro é explorada por aproximadamente 195 mil produtores, sendo que 75% deles são pequenos produtores, com áreas inferiores a 20 hectares.

Na cadeia produtiva do caju, estima-se a geração anual de cerca de 250 mil empregos diretos e indiretos, cuja importância é ainda maior devido à época de maior demanda de mão de obra, a colheita, coincidir com a entressafra das culturas anuais de subsistência.

Na região produtora de caju no Nordeste brasileiro, encontram-se grandes fábricas e dezenas de pequenas fábricas processadoras de castanha, cuja capacidade atual de beneficiamento gira em torno de 300 mil toneladas de castanhas. Destacam-se também as processadoras de suco, e as minifábricas de cajuína e doces.

Faremos todo o empenho possível para que este cenário de desenvolvimento também seja uma realidade em breve no nosso estado, começando pela Baixada Cuiabana.

Temos as condições naturais ideais, pesquisadores competentes e os recursos federais para a implantação do programa de irrigação. Só falta o governador com visão de futuro e com capacidade de gestão. Se for a vontade de Deus e do eleitor, teremos um governador capaz de liderar junto comigo esse novo momento de crescimento econômico e social em favor da população da Baixada Cuiabana: Mauro Mendes.  Eu estou pronto e preparado, também se reeleito à Câmara Federal, para ajudar Mauro Mendes nesse grandioso trabalho.


Valtenir Pereira é deputado federal pelo MDB, candidato a reeleição.