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Opinião

E então Cuiabá, por que será?

Marcelo Augusto Portocarrero

Fôssemos fazer uma comparação com as festividades relativas aos 250 anos de Cuiabá em 1969 chegaríamos a conclusão que a cidade diminuiu.

⁃ Por que será?

Os que estavam presentes naqueles festejos sabem muito bem a diferença. Naquela época Cuiabá tinha aproximadamente 100.000 habitantes e a festa foi maior do que se esperava. Hoje em Cuiabá somos quase 700.000 habitantes e a festa foi bem menor do que esperávamos.

⁃ Por que será?

Será devido à enorme massa de migrantes que veio para cá trazendo junto culturas tradicionais de outras regiões do país?

Não, não é verdade porque aquela gente boa se juntou a nossa gente de bem para fazermos juntos coisas melhores ainda, o agronegócio está ai para provar.

Seria porque nos últimos anos os governos Estadual é Municipal perderam o interesse por nossa história e tradição? Talvez sim, talvez não!

A verdade é que a resposta é tão simples e tão direta quanto o modo de ser da nossa gente. Certamente porque tanto um como o outro mostraram estar preocupados apenas com política. Daí o jogo de empurra-empurra que usaram como desculpas para não fazerem seus papéis de governador e prefeito nessa ocasião única para Cuiabá, para o estado de Mato Grosso e para todos nós seus habitantes.

O governador então, fez de conta não saber que Cuiabá é a capital do estado e de que também já foi seu prefeito. Já o prefeito mostrou que a intenção morreu na campanha eleitoral. Deixou a desejar, é muito. Ambos sabem que eleitor tem memória curta

Não sei se por falta de vontade ou de empenho, mas a festa foi tratada como coisa de menos importância, tanto por um como pelo outro, e quem perdeu fomos nós cuiabanos e matogrossenses de nascimento e por adoção.REPORT THIS ADUm pouco caso sem precedentes, tanto que sua significância sequer foi comentada fora daqui. 300 anos são três séculos de nossa história e não só perdemos a oportunidade de comemorar a data adequadamente como também de mostrar nossa Cuiabá para o Brasil e o mundo. Uma pena!

Mas ainda dá tempo, afinal o ano só acaba no dia 31 de dezembro.

Será?


Marcelo Augusto Portocarrero é Engenheiro Civil.
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