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Opinião

Afinal é medo ou falta de coragem?

Marcelo Portocarrero

Existem situações em que oponentes e adversários políticos parecem não aceitar a derrota e não se contentam apenas com atitudes que visem confrontar quem lhes venceu, querem sua destruição a qualquer custo.

Pois saiba que o que está escrito acima descreve algo que está acontecendo em meio a esse monte de bobagens a que somos obrigados a assistir diariamente se quisermos saber como andam as coisas em Brasília. Esta é a realidade que estamos vivendo através das contendas político-ideológicas que acontecem na Capital Federal desde a última eleição presidencial.

Ela passou a existir a partir do momento em que pessoas com medo de que um futuro diferente seja melhor que aquele que querem para o país continuaram a mostrar que não vão aceitar que estão erradas por absoluta falta de coragem de contrariar seus líderes ou pior, pelo fanatismo inconsequente.

Parece não existir nada mais difícil de aceitarem que a própria incapacidade de se submeter a verdade por mais benéfica que ela seja para todos, principalmente quando esta se refere a temas político-ideológicos. Ai está a razão pela qual há medo nos derrotados e falta de coragem nos derrotistas de plantão que orbitam nas diversas esferas públicas. Certo é que continuam lutando, derrotados e derrotistas, para que o que está sendo corajosamente proposto para mudar o futuro do país não dê certo.

É ai que reside a principal falta de coragem, é isso que lhes falta para apoiar as prementes mudanças que se apresentam como necessárias e que só serão possíveis se deixarem de lado a extensa lista de armadilhas que plantam diuturnamente contra as medidas encaminhadas para aprovação.

Vejam bem, estamos falando de medidas enviadas para análise do legislativo, bem como à consideração do judiciário, mas não no intuito de submetê-los a resignadas aprovações e sim de dar-lhes a oportunidade constitucional e necessária para as competentes adequações.

Oportunidades estas que na maioria das vezes são convertidos em momentos de regozijo e deslumbre pela oposição destrutiva e por negociantes de ocasião pelas brechas para oferecer apoios condicionais. São nessas indigestas ocasiões que somos obrigados a dividir ainda mais nossas eventuais audiências entre as porno-novelas e programas alternativos com as chanchadas políticas apresentadas nos plenários e côrtes de Brasília.

Nessas ocasiões destinadas as teatrais encenações de sempre reúnem-se “nossos representantes” nas comissões, nas turmas e nos plenários para vociferar, xingar, maldizer, tripudiar e desconstruir tudo que se lhes apresentar o governo nas tentativas de melhorar sua condição de trabalho. Lá começam os cortes, recortes, remendos, inserções individuais e demandas corporativas que nada mais são que a transformação das propostas originais em ridículas peças substitutivas e sentenças condenatórias produzidas sob encomenda por assessorias subalternas a fim de massagear egos e mentes de eleitos e nomeados com medidas em desfavor do governo e consequentemente dos brasileiros.

Dai voltarmos a pergunta título deste artigo: É medo ou falta de coragem?


Marcelo Portocarrero é Engenheiro Civil.
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