Opinião
Porta dos Fundos
Maria Lygia de Borges Garcia
Hoje, começo de 2020. Um assunto em evidência tem suscitado manifestações
Trouxe, dos fundos à porta de entrada da suprema-corte onde reina a justiça, o martelo bateu a favor da “Liberdade de Expressão”.
Na humildade de uma mulher de 92 anos, digo, não tenho mais voz para levantar e ser ouvida, mesmo na minha querida aldeia. As palavras chegam à minha garganta e não conseguem se expandir de forma audível e com a força como gostaria. Então a palavra escrita é a minha forma de conceituar a tal Liberdade de Expressão. E assim, lá vou eu.
-As leis foram criadas para dar limite as ações humanas. Os Hackers estão sendo processados.
Pois é, Por quê?
Adulteraram a vida econômica e financeira de alguém. Isso foi o bastante. Muito bem.
Um pensamento global me ocorreu agora: - se as mães que existem neste planeta fossem desrespeitadas como foi Maria, mãe de Jesus, em nome dessa tão enaltecida liberdade, imaginem se dissessem à guisa de humor apontando a genitora de alguém aqui neste nosso Brasil, qual medida tomariam as nossas autoridades?
Quem aceitaria ver sua mãe desrespeitada, desprezada? Fosse ela quem fosse, de onde viesse e o que fizesse na vida. Ela será sempre reconhecida pela sua dedicação, pelo seu amor por aquele que gerou. Será sempre enaltecida pelos seus filhos.
Dá pena, os humoristas desperdiçarem o dom de manipular a verve que vêm conseguindo levar, principalmente aos jovens, algo importante que deixa a vida mais leve, o bom humor. A forma de expressar, a ideia vinculada ao filme é de um baixo nível intelectual e desprovida do que realça a inteligência dos criadores. Desvincularam-se do limite quando ultrapassaram, com desrespeito, a dignidade inerente aos seres humanos.
O princípio da dignidade da pessoa humana é o valor máximo do estado democrático de direito.
Os livros das religiões são sagrados não podem ser adulterados e as crenças, monoteístas ou politeístas e mesmo as não grafadas, exemplificam que no ser humano existe uma reverência ao considerado divinal.
E ninguém precisa ter coragem para caluniar os mortos, eles não podem revidar.
Abri minha garganta.
TENHO DITO!
Meu coração se acalmou.
Cuiabá, 16/01/2020
Maria Lygia de Borges Garcia