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Opinião

A vaga da Juíza Selma

Wilson Carlos Fuáh

A política é como uma roda que recomeça onde termina, e é sustentada pelos relacionamentos, acertos e alguns conchavos.                         
                           
Com a vagância do cargo da Senadora Juíza Selma, está movimentando e proporcionando o aparecimento de 30 pré-candidatos, desejosos e interessados a ocupar essa vaga mais cobiçada que a loteria acumulada, e na sequência do desenrolar do pleito, vai envolver muito “DinDim”; Tutu; Grana; Bufunfa e Capim, e com isso, os órgãos fiscalizadores terão que  enxergar a beleza do dinheiro escondido nas cores das coisas acobertada pelo “me faz ri”, e que vem  alimentando as eleições neste país, mas  principalmente usar lupas para descobrir o escondido geridos pela esperteza, pois  nas feições das mil fases dos rostos desconhecidos  e também dos vaidosos e gananciosos, cheios de esperança e  sonhos de apoderar da vaga do Juíza Selma, estão os novos milionários que povoam a nova política De Mato Grosso, e não Do Mato Grosso.
                          
O que se discute nestes momentos iniciais, são os chamados apoios, e esses postulantes já estão “zanzando” e encostando-se a possível liderança disponível para ser Suplentes de chapas, e como a Baixada do Rio Cuiabá, detém 34% do eleitorado do estado, os endinheirados estão a procura de um cuiabano “bobó lelé”, que possa ser um “carregador de piano”, e ao mesmo tempo, transferidor de votos para uma vitória a custa de uma possível herança eleitoral.
                         
Mas, com o passar dos anos vamos acumulando sensibilidades eleitorais, e começamos a entender que a competência  não se finaliza em si, pois a realidade se completa ao considerar o passado e a origem desse candidatos, e que são dados significantes para se chegar nas urnas preparados para ver e escolher qual o candidato são incompetentes, e assim, por exclusão, poder escolher sem ser contaminado pelo vírus das mentiras e das  aparências dos sorrisos milionários, e com isso, poder ultrapassar a camada fina da nossa visão, e através da sabedoria das experiências eleitorais, possamos enfrentar essa “2ª época” do exame da votação passada, e como isso, poder  ultrapassar os limites históricos na escolha acertada do que só veem o que desejam ver, livrando-se das influências do poder econômico que está enraizado na política.
                         
Diante da visão periférica e a utilização do poder do sentimento verdadeiro, é que nos ensina a escolher um candidato que nos represente, e não daqueles que nasce de uma imagem desenvolvida pelo marketing político, que transforma aparência e falas fáceis, e que aparentemente não tem corpo e nem rostos “lambidos”, mas que só se distinguem através das diferenças apresentadas, porque em toda a nossa vida a metade é real e outra metade é irreal, e na vontade sugestiva, temos que as vezes sair por aí, procurando segurar no que não existe, porque muitas vezes também só vemos aquilo que verdadeiramente desejamos ver.
                
Estamos formatados neste ano como um leitor a ser buscado a “Laço e Soja”, por isso, e por isso, as nossas inspirações se convergem, constituímos de um mesmo alvo, pois somos vistos como aquele que vai colocar um Senador para ocupar a vaga de Juíza Selma a qualquer preço,  e agora estamos passando a ser catalogados como escravos das decisões coletivas, por isso,  pelas calçadas quebradas de Cuiabá, muitos vão em frente sem saber por quê, e vão seguindo os passos dos outros, mas não questionam: quem são eles? 
           
Para onde eles vão? 
           
Ao começar um novo dia, a vida segue independente das nossas vontades, o importante é estar ligado em tudo que está em nossa volta, sabendo decifrar tudo aquilo que os olhos do egoísmo dos políticos escondem em razão do poder econômico. 
               
A nossa sede democrática será sempre insaciável, por isso, novamente vamos escolher um “Senador Remendão”   de acordo com as nossas satisfações pessoais  e que nunca terá fim, pois somos aprendizes das experiências de pleitos eleitorais que a democracia  nos oferece, por isso, não seja um reprodutor de equívocos nas escolhas eleitorais.
             
Os candidatos não estão escolhendo o apoiador certo, pois a maior herança eleitoral nesta eleição, a própria Juíza Selma, pois esses eleitores que votaram nela irão desequilibrar essa eleição, são os seus 678,5 mil votos, por isso, para o lado que ela “pender” esse candidato será o vencedor, e ao contrário, o suplente cuiabano a ser escolhido ou qualquer líder atual, já estão em cima do muro, aguardando as eleições municipais. Aviso aos “endinheirados”: aqui não tem político “Bobó Lelé” e carregador de piano.


 
Economista Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em   Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.
Fale com o Autor: wilsonfua@gmail.com         



 
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