Opinião
Propaganda extemporânea
Wilson Carlos Fuáh
Neste ano de 2020, é um ano eleitoral atípico, e podemos dizer que é bi eleitoral, porque teremos duas eleições em função da eleição suplementar para Senador.
E, assim haverá muito recursos financeiros envolvidos nas campanhas deste ano, e as propagandas eleitorais extemporâneas já começaram, é só andar pela cidade que vemos adesivos nos vidros traseiros dos carros de luxos com os nomes de alguns vereadores e também, nomes de postulantes ao cargo de vereador por Cuiabá e de Senador por Mato Grosso.
Fazer propagandas antes das convenções dos partidos, é propaganda extemporânea, é abuso do poder econômico, é caixa 2, pois não tem como comprovar a origem do recurso financiador da propaganda.
Todos os anos essas propagandas disfarçadas acontecem, e as autoridades responsáveis pela fiscalização nada fazem, esse crime é corriqueiro e recorrente em todos os anos de eleição.
Isso, terá um fim quando os responsáveis viabilizarem um convênio com a Prefeitura Municipal de Cuiabá, e utilizar as câmeras potentes da SEMOB para localizar os veículos, e em seguida fazer a busca e apreensão do veículos, e que automaticamente chegará no proprietário, e assim, facilmente localizará o responsável pela propaganda extemporânea, podendo aplicar as multas e penas legais, e no caso de ser vereador, promover a cassação do cargo eletivo.
A desonestidade começa já com a campanha extemporânea, veja bem, como o seu candidato montou suas estratégias para vencer as eleições, será que a ética passa longe da sua campanha ou os seus procedimentos são legais?
Infelizmente o grande painel político que nos apresenta, faz-nos vivermos um momento crítico de crise de esperança, porque os eleitores, depois de tantas esperanças frustradas, têm medo de nutrir novas esperanças e chegam mesmo a ter medo de votar e ser cúmplice dos atos futuros de uma pessoa que lhe apresentou como o melhor represente, e parecia que tinha o pensamento igual ao seu, mas logo na primeira ação, torna-se igual aos demais.
Estamos vivendo na velocidade da instantaneidade, despreocupados com os resultados, as decisões estão desprovidas de consciência, estão indo para além do pensar.
Mas, na verdade estamos vivendo a síndrome do pensamento parado, completamente desativado, as pessoas não querem nem votar, imagine saber escolher. E diante desse torpor mental, algumas pessoas são levadas a votar em candidatos sem iniciativa e sem métodos de mudanças, aqueles que são acostumados a usurpar do poder público, e que sempre adotaram a filosofia de esperteza acumulativa e individualista.
Contra as teses das lorotas dos políticos, você deve aplicar a sua antítese, através da sua escolha consciente e inteligente, expurgar os políticos desonestos que vivem no mundo das espertezas, e quem sabe um dia poderemos ter orgulho e bater no peito e dizer: o meu candidato honra o meu voto.
Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.
Fale com o Autor: wilsonfua@gmail.com