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Opinião

Contorno Leste, nova Rota da Seda Cuiabana

Clauberto Franco

Do Distrito Industrial, até Rodovia Emanuel Pinheiro será traçado um percurso, cruzando 39 bairros das regiões sul, leste e norte, denominado Contorno Leste, que beneficiará aproximadamente 200 mil pessoas, A obra terá 17,2 km de extensão e recebeu prazo de entrega de dois anos. Eu particularmente, a chamaria de Rota da Seda Cuiabana, explico porque:


O termo Rota da Seda surge pela voz do geográfico alemão Ferdinand Von Richthofen, no século XIX, como uma tradução do alemão Seidenstrabe. Correspondia a conjunto de rotas comerciais que interligavam, através da Ásia, o Oriente e a Europa, originando a maior rede comercial do mundo antigo.


Estas rotas não só foram significativas para o desenvolvimento e florescimento de grandes civilizações, como o Egito Antigo, a Mesopotâmia, a China, a Pérsia, a Índia e até Roma, mas também ajudaram a fundamentar o início do mundo moderno.


Com isso, Ásia, Europa e África mediterrânea passaram a trocar diversos produtos entre si. Isso causou um grande aumento no intercâmbio comercial e cultural, já que chineses passaram a ter acesso ao azeite e vinhos da Europa, além de cavalos do Oriente Médio, enquanto os europeus poderiam contar com a seda da China, o algodão indiano e as especiarias dos árabes.

Por conta disso, o que se viu foi uma época de prosperidade pelo mundo. Regiões que não contavam com um solo fértil para agricultura, pesca ou minério passaram a virar postos de paradas de comerciantes. Pequenos vilarejos no meio do deserto, como é o caso de Palmira (hoje na Síria), viraram grandes cidades, repletas de serviços para atender os viajantes.

Da mesma forma, os próprios comerciantes deixaram de ser povos nômades, que tinham apenas interesse em sobreviver, para se tornarem pessoas com dinheiro e influência.

Hoje, no contexto atual, os bairros que a nova avenida contemplará são Jardim Passaredo, Tijucal, Jardim Fortaleza, Jardim Novo Milênio, Osmar Cabral, Santa Laura, São João Del Rey, Residencial Belvedere, Altos da Serra I e II, Dr. Fábio I e II, Jardim Brasil, Três Barras, CPA IV, Primeiro de Março, Nova Conquista, Ouro Fino, Ana Maria, Serra Dourada, Novo Paraíso, Barreiro Branco e Jardim Vitória.

Fazendo cenário pós pandemia, não acredito que irá haver retrocesso da economia. Desde que mundo é mundo as práticas de comércio que conhecemos são originárias do início da nossa história. Estamos num caminho bom sem volta, o que precisamos e criar pontes para que população exerça seu talento e trabalho. Esse novo percurso irá proporcionar criação de novos comércios, novas empresas engradecendo o desenvolvimento econômico da nossa Cuiabá.

O Distrito Industrial de Cuiabá tem um grande potencial de crescimento, também, podendo ser ampliado, liberando novos lotes para novas empresas e assim criando uma cadeia produtiva de comércio, gerando emprego e renda.

Por um cenário mais ampliado para o Estado, para os próximos anos, deixo a questão da Ferrovia em aberto, mais com grande expectativa que está obra poderá trazer para nosso glorioso Estado de Mato Grosso. Será uma rota de extrema importância para desenvolvimento do nosso Estado e do Brasil.





Clauberto Franco é Engenheiro Ambiental com pós-graduação Engenharia de Segurança do Trabalho. E-mail: eng.claubertofranco@gmail.com






















 
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