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Opinião

O momento das boas práticas

Raphael Lafetá

A sigla ESG nunca foi tão falada como agora. Proveniente das palavras Ambiental, Social e Governança (Environmental, Social e Governance, em inglês) e existente há anos, o tema tem sido preocupação constante nas grandes corporações. Seja pelo momento de pandemia global em que os maiores problemas mundiais ficaram mais evidentes ou apenas pela mudança na forma de pensar da população, a questão é que tem sido cada vez mais cobrada das empresas, por diferentes públicos, a atuação em boas práticas nos temas de responsabilidade social, ambiental e governança.

Se essas boas práticas ainda não estão intrínsecas na cultura de uma corporação, muito se tem feito e estudado para que isso mude, mundo afora. Grande parte dessas mudanças acontece por conta do interesse constante do mercado financeiro no tema. Lançamentos de fundos de investimentos focados em ESG, investidas de fundos soberanos em empresas com políticas ESG bem estruturadas, lançamento de fundo imobiliário ESG são notícias diárias nos cadernos de finanças da grande imprensa. Os grandes investidores fizeram as companhias enxergarem que a adoção dessas práticas, além de benéfica para as sociedades e para o planeta, é capaz de entregar boa performance financeira. E, como sabemos, quando existe questão financeira envolvida, o mundo corporativo faz de tudo para rapidamente se movimentar.

A MRV, maior plataforma habitacional da América Latina, nos seus 40 anos, já tem uma longa história dessas práticas e diversas ações criadas para uma melhor governança, cuidados com o meio ambiente e com a sociedade, seja dentro ou fora da companhia. A empresa é a única construtora que, há quatro anos consecutivos, faz parte do principal índice da bolsa brasileira (B3) que reconhece e seleciona as empresas com boas práticas sócio, ambientais e de governança, o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial), além disso é signatária do Pacto Global da ONU desde 2016. Ainda, pensando na importância da educação para promover a transformação social e econômica do país, a empresa criou, em 2014, o Instituto MRV, uma organização sem fins lucrativos que investe sua energia em projetos educacionais, os quais, nos últimos cinco anos, beneficiaram mais de meio milhão de pessoas, com mais de R$ 23 milhões investidos.

É sabido que o Brasil é um país que precisa, e muito, de ajuda de grandes empresas e grandes empresários, que detêm boa parte do capital nacional. O brasileiro não é adepto à cultura de filantropia, por exemplo, o país doa apenas 0,2% do PIB – o que não está nem perto de ser suficiente dadas as circunstâncias atuais. Já o nosso grupo empresarial foi constituído sob a influência dessa visão moderna, potencializada por firmes convicções humanísticas de seus fundadores. Essa forma de gestão ficou marcada por ações e programas permanentes de melhoria da qualidade de vida dos nossos colaboradores e de suas famílias, bem como de todas as comunidades onde atuamos. Ajudar a sociedade e o planeta está no nosso DNA.

Raphael Lafetá é diretor-executivo de Relações Institucionais e Sustentabilidade da MRV.
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