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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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​Testosterona: essencial para homens e mulheres

Testosterona é um hormônio apenas masculino? Não, é produzido principalmente por homens, mas também por mulheres. Os homens têm níveis circulantes dele mais altos, no entanto, quantitativamente, é o esteróide sexual ativo mais abundante no corpo feminino ao longo da vida.

Testosterona é essencial para a saúde física, mental e para o bem-estar feminino, influenciando também diretamente na libido. A baixa dele, pode gerar sintomas como alteração de humor, ansiedade, irritabilidade, depressão, fadiga física, perda óssea e muscular, alterações na cognição, limitação de memória e insônia.

Além disso, em homens idosos e em mulheres na pré e pós-menopausa, períodos de vida em que sua produção diminui, é comum perceber ondas de calor, queixas reumatoides, dor nas mamas, incontinência e disfunção sexual. Isso porque, após os 50 anos existe uma atenuação na sua produção fisiológica.  Além da idade, contribui para a redução o consumo abusivo de bebidas alcoólicas, tabagismo, excesso de peso, diabetes, stress e problemas com o sono.

A testosterona, no homem, é responsável por características como crescimento da barba, engrossamento da voz ou aumento da massa muscular, produção de espermatozoides e manutenção da massa óssea. Nesse público, seu arrefecimento pode ocasionar ainda o aumento da gordura corporal, diminuição da barba e perda de pelos no geral.

Já nas mulheres, pode haver o aparecimento de alguns sintomas semelhantes como perda de massa muscular, acúmulo de gordura visceral e menor desejo sexual (libido).

Para fazer o diagnóstico da sua falta, associamos os achados clínicos com exames laboratoriais. São solicitadas a dosagem da testosterona livre e da testosterona total. Antes de iniciarmos a reposição hormonal fazemos com que o paciente emagreça, controle a diabetes, reduza o stress, faça exercícios e se alimente melhor.

O tratamento deverá ser feito com a orientação de um profissional de saúde e o mesmo leva a excelentes resultados, com uma melhora evidente na qualidade de vida do paciente. Então fique atento aos sintomas e na dúvida procure um médico para fazer um acompanhamento e monitoramento deste hormônio.


Arnaldo Sérgio Patrício é especialista em Medicina Interna e Radiologia. Também é diretor da Unidade de Emagrecimento e Longevidade (UEL). Instagram @arnaldosergio 
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