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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Produção da Natureza

Biólogo espanhol lança livro em Cuiabá sobre como proteger áreas naturais ajuda no desenvolvimento regional

Foto: da Assessoria

Ignácio Jiménez Pérez

Ignácio Jiménez Pérez

O biólogo espanhol Ignácio Jiménez Pérez lança seu livro ‘Produção da Natureza’ em Cuiabá, neste sábado (21). O evento acontece no Hotel Taiamã, às 18h30, e tem apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo. O livro apresenta práticas que promovem desenvolvimento regional a partir da existência de áreas naturais bem conservadas, incluindo exemplos no Brasil.

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De acordo com a assessoria, a obra demonstra que regiões bem conservadas podem viabilizar empregos e renda e incrementar o desenvolvimento regional, tornando-se relevantes ativos econômicos, como o turismo de natureza. O livro já foi lançado em São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Ignácio trabalhou por treze anos em Esteros Del Iberá, na Argentina, onde atuou pela instituição Conservation Land Trust (CLT). A partir dessa experiência, desenvolveu o conceito de ‘Produção de Natureza’. No caso argentino, as reações contrárias à conservação foram contrapostas a partir do argumento de que para ser possível viabilizar empregos e renda, a geração de novos negócios e o desenvolvimento regional, são fundamentais a existência e a manutenção de grandes áreas naturais bem conservada, com a presença de espécies topo de cadeia, como os grandes predadores e os herbívoros de maior porte.

Com essa abordagem, o biólogo consegue tornar a agenda da conservação facilmente assimilável pela maioria dos públicos de interesse, mudando a visão negativa que geralmente existe sobre a necessidade de proteção de áreas naturais.

Dois projetos brasileiros se espelham na metodologia de Pérez: Grande Reserva Mata Atlântica e Alto Pantanal. O Alto Pantanal foi criado há três meses, e reúne instituições e pessoas físicas que atuam na região pantaneira, como pesquisadores, empresários e a própria comunidade para, em conjunto, mobilizar a sociedade para as questões primordiais desse bioma.

A iniciativa tem à frente o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e a Rede do Amolar, que atuam em sinergia com os propósitos do projeto “Documenta Pantanal”. Segundo o diretor do IHP, Angelo Rabelo, “o homem pantaneiro é a prova da possibilidade de uma coexistência de interesses num ambiente adverso. Há mais de 300 anos ele, talvez, tenha sido o primeiro produtor de natureza. A despeito de sua atividade econômica principal ser a pecuária, a fauna foi protegida no processo de ocupação que é, hoje, um exemplo para o mundo. O conceito da obra ‘Produção de Natureza’ acrescentará a esse paraíso possibilidades jamais imaginadas e que permitirão navegar em outros mares, trazendo um novo olhar e foco mundial ao ecoturismo da natureza com base nas exuberâncias locais”.
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