Um jogo criado pela equipe ‘Star Lessons’, em que uma capivara detentora de todo o conhecimento é a única sobrevivente do fim do mundo, foi o vencedor da primeira edição do ‘Nasa Space Apps Challenge’ em Cuiabá - hackathon internacional, promovido anualmente pela Agência Espacial Norte-Americana. Agora, o grupo vencedor segue para a competição a nível global, em que a Nasa vai escolher duas equipes para conhecer seu Centro de Espacial, na Flórida, Estados Unidos.
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O intuito da competição é utilizar a criatividade para resolver os desafios propostos pela agência espacial. No jogo criado pelos vencedores de Cuiabá, os usuários têm a possibilidade de se divertir enquanto aprendem conceitos químicos e físicos.
Os jogadores são instruídos a criarem seu próprio ambiente, sob a perspectiva da capivara. Segundo um dos desenvolvedores, o estudante de Engenharia de Controle e Automação pela UFMT, Otávio Mendonça, em um dos desafios propostos pela equipe é que o jogador precisa criar um planeta em que exista a possibilidade de vida.
“A nossa atenção foi guiada para o fato de que o jogo pudesse ensinar ao usuário conceitos da ciência. Assim, tomamos o caminho de criar um jogo democrático, didático e divertido, que pudesse acima de tudo ser aplicado em qualquer ambiente”, afirmou.
De acordo com a assessoria da UFMT, a equipe vencedora foi composta ainda pelos graduandos em Economia, Marcos Vinicius da Mota e Vinicius Bertotto, responsáveis pela área de negócios do projeto, além de integrantes externos à Universidade.
O evento ocorreu entre os dias 18 e 20 de outubro, simultaneamente, em 200 cidades do mundo. Em Cuiabá, foi realizado no Centro de Eventos do Senai de Mato Grosso.
O segundo lugar ficou com o grupo 2030 com o desafio ‘Acqua Seeds’. Neste projeto, o grupo recorreu ao conhecimento popular do uso da ‘Moringa oleifera’, planta conhecida por purificar a água, e criou um produto industrializado e de baixo custo para uso das populações onde existe escassez do recurso natural. O sachê de 10 gramas pode purificar até 2 litros de água.
Já a menção honrosa foi dada ao grupo ‘Green Space’ que desenvolveu um protótipo para o cultivo de alimentos fora do planeta. O projeto de estufas autônomas previu todas as etapas do cultivo, desde a semeadura até a colheita, com umidade e temperatura controladas automaticamente, sem intervenção humana.
O evento conta com vários desafios e categorias, permitindo que pessoas de áreas distintas possam participar, incluindo design, tecnologia, engenharia, ciência de dados, meio ambiente, arte e educação.
Agora, a equipe vencedora deve enviar um vídeo explicativo sobre o projeto para a NASA, que irá selecionar os vencedores e custear a ida de dois participantes de cada grupo para visitar as instalações da agência espacial.