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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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visitação proibida

Secretário afirma que ‘publicidade’ aos casos de suicídio não afeta turismo da região do Portão do Inferno

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Secretário afirma que ‘publicidade’ aos casos de suicídio não afeta turismo da região do Portão do Inferno
O ‘Portão do Inferno’, mirante à beira de um precipício na MT-251, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, tem ganhado a mídia nos últimos tempos, com diversos casos de suicídio e tentativas de suicídio. Recentemente, as manchetes mostraram o vídeo de um motociclista impedindo mais um destes casos, que aconteceu na manhã do último domingo (19). No entanto, para o secretário adjunto de turismo do estado, Jeferson Moreno, a ‘publicidade’ a estes casos não prejudica o turismo na região. Segundo ele, inclusive, é proibida a parada no Portão do Inferno para observação.

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“Na verdade, na minha opinião, não tem nenhum dado científico [que diz] se aumentou ou não o número de suicídios na região. O que está tendo mais é uma publicidade”, afirmou ao Olhar Conceito. No entanto, mesmo este aumento da ‘publicidade’ sobre os casos, para ele, não traz consequências. “Eu acredito que não interfere em nada no ponto turístico que é lá. Lembrando que ali é uma área do ICMBio, que está dentro do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, e hoje ela se encontra proibida para visitação. O pessoal está parando o carro de maneira errônea, é proibido parar o carro na estrada como o pessoal está parando, podendo causar vários incidentes naquela região”.

O Portão do Inferno fica às margens de um precipício na MT-251, no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. A área pertence à União e é responsabilidade do ICMBio. Apesar da proibição, muitas pessoas param no local para tirar fotos e observar a paisagem. Recentemente, vereadores da cidade de Chapada discutiram trocar o nome para ‘Portão do Paraíso’. Uma lei de 1998, sancionada pelo então prefeito Sebastião Treme Terra, já havia alterado o nome do local.

Tentando mudar a realidade dos suicídios no local, uma família também decidiu agir e colocou uma faixa com uma mensagem motivacional no muro de proteção, escrito “Você é precioso, não desista!”. No entanto, alguns dias depois outra tentativa de suicídio aconteceu.

Questionado sobre a necessidade de colocar uma proteção maior no local, o secretário Jeferson Moreno afirmou que a responsabilidade é do ICMBio. “Não tem grade, tem uma proteção ali, uma passagem. Ali é uma área que pertence à União, o ICMBio que faz a gestão de lá. O que nós temos foram alguns estudos para melhorar a condição do turismo naquele lugar”. O Olhar Conceito entrou em contato com o ICMBio, mas a instituição não havia respondido até o fechamento desta reportagem.

Em relação às obras estruturais, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) se manifestou por meio de nota:

Está em andamento, sob a coordenação da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), o trabalho de revitalização de 25 km da MT-251, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, incluindo o trecho que integra o Parque Nacional de Chapada, passando pelo Portão do Inferno. Mais de 50% da obra foi concluída em 2019;

O projeto prevê a instalação de sinalização rodoviária prevista em legislação, incluindo sinalização horizontal e vertical (placas). Porém, por se tratar de uma área montanhosa haverá ainda o fortalecimento das defensas, um tipo de sinalização viária responsável por absorver e desacelerar os veículos durante o impacto.


Combate ao suicídio

O município de Cuiabá pode ganhar dois Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS) com atendimento 24h, todos os dias, até o final de março de 2020. Atualmente, há três unidades municipais em Cuiabá com atendimento assíduo de mais de 250 pessoas. Em Várzea Grande também há três unidades municipais. Todos os CAPS funcionam de segunda-feira a sexta-feira, entre às 7h e 17h.
 
Serviço

CUIABÁ

Centro de Atendimento Psicossocial Álcool, Drogas e Adolescência (CAPS Adolescer)


Segunda-Feira a Sexta-Feira, das 7h às 17h.
Avenida Romania, sem número - Bairro Jardim Europa
65 3617-1835 ou 65 3617-1836

Centro de Atendimento Psicossocial CPA (CAPS CPA)

Segunda-Feira a Sexta-Feira, das 7h às 17h.
Rua Pardal, Quadra 110 - Bairro CPA 4
65 3649-1968 ou 65 3649-6618

Centro de Atendimento Psicossocial 2 - Verdão (CAPS Verdão) - Atendimento Adulto

Segunda-Feira a Sexta-Feira, das 7h às 17h.
Rua Rio Grande do Sul, 504 - Bairro Jardim Paulista
65 3617-1830 ou 65 3617-1831
VÁRZEA GRANDE

Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD)

Segunda-Feira a Sexta-Feira, das 7h às 17h. Segunda-Feira a Quinta-feira, das 18h às 21h.
Avenida Castelo Branco, 2333 - Bairro Água Limpa
65 3688-3045 ou 65 98404-9468 

Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil - Sérgio Luiz Ferreira da Silva (CAPSi)

Segunda-Feira a Sexta-Feira, das 7h às 17h
Rua Presidente Prudente de Moraes, 1130 - Bairro Ipase
65 3688-3046 ou 65 98464-6511

Centro de Atendimento Psicossocial Transtorno Mental (CAPS II)

Segunda-Feira a Sexta-Feira, das 7h às 17h
Rua Fenellon Muller, 579 - Bairro Centro
65 3688-3112 ou 65 98459-4676
Os endereços dos demais CAPS do estado de Mato Grosso podem ser 

Sobre o CVV

O CVV presta serviço voluntário e gratuito de prevenção do suicídio e apoio emocional para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. Os cerca de 3 milhões de atendimentos anuais são realizados por 3.000 voluntários em 104 postos de atendimento pelo telefone 188 (sem custo de ligação), ou pelo site via chat ou e-mail. A entidade realiza também ações presenciais, como palestras, cursos e grupos de apoio a sobreviventes do suicídio – GASS (https://www.cvv.org.br/cvv-comunidade/).

Tratamentos psicológicos a preços simbólicos são desenvolvidos em:

Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) - (65) 3615-8492
Universidade de Cuiabá (Unic)
Centro Universitário de Várzea Grande (Univag) - (65) 3688-6130
Faculdade de Cuiabá (Fauc)
Centro de Ensino, Pesquisa, Diagnóstico e Intervenção Psicológica - (65) 3025-2025
Diversos psicólogos também oferecem alguns horários a preços simbólicos.
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