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Terça-feira, 19 de março de 2024

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Arquiteto retrata paisagem urbana Cuiabá em desenhos utilizando de café a aquarela

Foto: Carlos Pina

Arquiteto retrata paisagem urbana Cuiabá em desenhos utilizando de café a aquarela
As ruas, igrejas, monumentos e outros elementos da paisagem urbana de Cuiabá são retratados pelo arquiteto Carlos Pina, 41, em desenhos feitos à mão livre com técnicas diversas: da aquarela ao café. Ele, que é formado há 15 anos, descobriu a nova paixão há menos de dois, e neste tempo já enviou trabalhos para Estados Unidos e Portugal, além de expor em diferentes lugares de Mato Grosso.

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“Desenho mesmo eu comecei desde criança, mas aprimorei no curso de arquitetura”, contou ao Olhar Conceito. Segundo Carlos, no curso ele aprendeu as premissas básicas de ponto de fuga e perspectiva, mas logo depois da graduação passou a trabalhar na área utilizando somente meios digitais.

Assim, seu dom ficou ‘adormecido’. Ele chegou a dar aulas de Oficina de Expressão plástica em uma faculdade de Primavera do Leste, em 2011, mas mesmo assim só fazia desenhos como forma de aplicar na sala de aula. Foi somente quando voltou a Cuiabá que decidiu se reaproximar desta arte.

“Dei aula no curso de arquitetura na Unic, e também tinha essas matérias que envolvia desenhos. Fui começando a desenhar, mas só com grafite e até caneta bic, que é aquele desenho bem direto, que não tem nem como apagar”, lembra. “Eu tinha um pouco de usar cores, mas depois, em 2018, fiz uma pós-graduação de iluminação e design de anteriores, com uma matéria chamada Representação Gráfica de Projetos. O professor, para a didática dele, usou muito lápis de cor, marcadores, e eu fui pegando o jeito”.

Carlos Pina e um desenho feito com café (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)

Apresentado ao mundo das cores, Carlos arriscou as primeiras aquarelas, e se surpreendeu com o resultado – tanto que, hoje, é sua técnica preferida. Depois da pós-graduação, fez também um curso no Sesc com a artista plástica Camila Pasinato, e decidiu se dedicar de vez à técnica. Aos poucos, começaram a aparecer pedidos de encomendas.

“Eu falava que não, que só estava desenhando por hobby”, conta. Foi somente com o incentivo de uma amiga que ele viu no próprio trabalho uma oportunidade de fazer uma renda extra. Deu certo. Em menos de dois anos, os desenhos de Carlos já foram vendidos para Portugal e Estados Unidos, e expostos no Pantanal Shopping, Museu da Caixa D’água Velha, Palácio da Instrução, Museu Casa Borges em Barra do Bugres e Museu Casa dos Contos, em Ouro Preto.

Em setembro de 2018, o artista também ajudou a trazer o grupo ‘Urban Sketchers’ para a capital mato-grossense, e desde então eles se reúnem esporadicamente para fazer encontros e desenhar na cidade, com observação direta.

No dia a dia, ele gosta de retratar a paisagem urbana atual. Alguns trazem grandes emoções a quem vê, como foi o caso do desenho da Casa de Bem Bem. Assim que publicou nas redes sociais, Carlos recebeu uma ligação de uma filha de Bem Bem, dizendo que havia ficado emocionada, e encomendando um em tamanho maior. “Vejo que meus desenhos, mesmo que às vezes eu não tenha grande expectativa, provocam sentimentos, lembranças nas pessoas”, comemora.

Para Carlos, sua obra ficará como um retrato da capital para as próximas gerações. “Eu até uso uma frase do Heitor Villa Lobos, que fala: ‘Deixo essa obra como uma carta à posteridade’”, finaliza.

Serviço

Conheça mais sobre o trabalho de Carlos no INSTAGRAM e FACEBOOK.
Encomendas e pedidos:
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