Natural de Feira de Santana, a baiana Luclécia Lima Dias, de 38 anos, se juntou ao seu filho Wellington Dias Silva, de 24 anos, para vender acarajés em Cuiabá por meio de delivery. Ainda em 2021, o Acarajé Gourmet deve ganhar um espaço físico para atender a demanda dos clientes.

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A família de Luclécia toda é baiana, inclusive sua avó, que ainda mora lá e a ensinou a receita de acarajé. Ao longo dos anos, ela mudou-se para o estado de São Paulo, onde Wellington nasceu, e posteriormente se mudaram para Mato Grosso. A mãe de Luclécia foi a primeira a vir para o Estado e, após algumas visitas, os demais familiares começaram a gostar da região e decidiram se mudar.



“É uma longa história. Minha família é da Bahia. Eu nasci lá e fui para São Paulo muito cedo, aos 10 anos. Sou de Feira de Santana. Minha avó ainda mora lá e minha mãe, que mora aqui em Mato Grosso, foi passando para mim a receita. Ficamos seis meses na Bahia e fui conhecendo os lugares, se atualizando”, explica Luclécia ao Olhar Conceito. “Algumas ideias e jeitos de fazer vieram da Bahia”, acrescenta Wellington.

O fato de Luclécia ser baiana agrega bastante ao seu negócio. Ela explica que muitos clientes questionam quem é a pessoa por trás dos acarajés na cozinha, visto que a forma de fazer por uma pessoal local é diferente. Baianos que moram na capital mato-grossense também os procuram por serem da Bahia.



Apesar de ser uma baiana “raiz”, ela explica que sempre perguntam aos seus clientes quanto ao uso da pimenta, visto que muitos não estão acostumados com essa culinária e estão experimentando o acarajé pela primeira vez. Os “cuidados” partem também pelo fato de ser um prato muito característico.

“Minha preocupação hoje é não carregar muito o tempero e a pimenta. Como a maioria pede para experimentar pela primeira vez, eu tenho um receio das pessoas estranharem, de ser [um gosto] muito forte. Então, faço uma coisa mais leve. Nunca colocamos a pimenta, só quando o cliente pede, e mandamos separado”, detalha Luclécia ao Olhar Conceito.



A ideia de transformar os acarajés em negócio partiu muito do “por que não?”. Luclécia já dominava as técnicas necessárias, então resolveram vender. Inicialmente, o Acarajé Gourmet funciona apenas com entregas, mas ainda em 2021 o restaurante deve ganhar um espaço físico, devido a demanda dos clientes que gostam de comer o acarajé quentinho na hora.

Localizado no Jardim das Américas, em Cuiabá, o espaço por enquanto tem apenas uma cozinha pronta, local onde eles fazem os pedidos para atendimento por delivery, tanto dos acarajés, como também dos sushis. Em um primeiro momento, o espaço será destinado apenas para o acarajé.



“As pessoas já começaram a perguntar: tem espaço [físico]? Quando pediam, perguntavam para nós. A gente viu que tinha potencial para atender ao público, e essa cobrança das pessoas mostrava isso cada vez mais. Então decidimos continuar com o delivery, mas tem um espaço físico para atender as pessoas”, explica Wellington.

Outros empreendimentos

Muitos anos antes de investir nos acarajés, a família já tinha um restaurante japonês por 12 anos em Tangará da Serra (a 241 km de Cuiabá), que foi fechado quando se mudaram para Cuiabá. Entretanto, seguiram investindo na culinária japonesa antes de cogitar trazer o prato baiano para cá. Inclusive, o restaurante japonês na capital mato-grossense, inaugurado em 2018, ainda está ativo em sistema de delivery e é comandado pelo marido de Luclécia.

Siga o Acarajé Gourmet no Instagram. Para pedir, basta entrar em contato com o número: (65) 99327-6915.