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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Professora se torna primeira surda mestre da Unemat após defender pesquisa sobre línguas indígenas de sinais

Foto: Reprodução / Unemat

Professora se torna primeira surda mestre da Unemat após defender pesquisa sobre línguas indígenas de sinais
“Isso prova que a Unemat cumpre o seu papel no ato de incluir”, afirma Andréa dos Santos Leite, a primeira professora surda a concluir um mestrado na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). A defesa da sua dissertação “As línguas indígenas de sinais em Mato Grosso: notícias de uma professora surda”, no mestrado em Linguística, ocorreu no fim do ano. 

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De acordo com a assessoria da Unemat, Andréa tornou- se a terceira pessoa surda do Estado a conquistar o título de mestre. Ela, que também é professora efetiva da Unemat desde 2014, atua no campus Jane Vanini, em Cáceres. 

Sobre sua conquista, Andréa destaca o apoio que teve da família para a educação e também a postura inclusiva da Unemat. “A conquista desse título de mestra vem através da base que é a minha família e que sempre foi essencial à minha educação, me colocando sempre nos trilhos e nunca me deixando desistir”, conta. 

“A Unemat sempre esteve à frente e, de portas abertas, para a Inclusão. Mesmo eu sendo a primeira mestra surda pela instituição isso prova que a Unemat cumpre o seu papel no ato de incluir, unir e aceitar as diferenças com um ensino de qualidade ao adentrar em um ambiente completamente novo. E agradeço ao Programa de Pós-graduação em Linguística por aceitar abrir as portas para a inclusão no Mestrado e Doutorado”, completa. 

Ainda conforme a Unemat, a pesquisa de mestrado da docente teve o objetivo de identificar a utilização de línguas de sinais entre indígenas surdos em Mato Grosso. A metodologia seguiu o exemplo dos estudos de Shirley Vilhalva, que realizou um mapeamento de línguas de sinais emergentes em comunidades indígenas existentes em Mato Grosso do Sul. 

Em Mato Grosso, assim como no estado vizinho, a professora da Unemat levantou dados que sugerem a existência de indígenas surdos que se comunicam através de outras línguas de sinais, além da Libras, e que carecem de melhores descrições e documentações. 

A investigação ainda relata o depoimento de uma professora surda que acompanhou um indígena também surdo no Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS).

A tese foi orientada pelo professor doutor Wellington Pedrosa Quintino, e foi avaliada pelas professoras doutoras: Mônica Cidele da Cruz e Nilce Maria da Silva. A defesa ocorreu em 28 de dezembro de 2021, em Cáceres, no campus onde a docente atua.
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