Mais de 200 pessoas são esperadas para o passeio ciclístico do dia Mundial sem Carro comemorado neste domingo (22). Pelo menos este é o número de confirmados na página da rede social Facebook que convoca os cuiabanos para o evento. A bicicleta tem sido um veículo de transporte alternativo para moradores da periferia e um objeto de lazer para outros, porém, Cuiabá é uma das cidades com deficiência em projetos voltados para implantação de ciclovias.

Com a proposta de difundir a ideia e chamar a atenção para o problema, os grupos de ciclistas da Capital participam do Dia Mundial Sem Carro, que propõem que a população deixem os carros em casa e usem a ‘magrela’ durante a manhã de domingo (22). Este ano haverá duas opções de saída para o passeio.

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Arquiteto Urbanístico, Mardio da Silva, de 54 anos, desde que ganhou a sua primeira bicicleta em 1971 não deixou de utilizá-la como uma opção de lazer. Durante a noite e a madrugada, o ciclista transita pelas vias da capital junto a um grupo de amigos e relata que pedalar em Cuiabá é um desafio.

“Sempre andamos em grupo para evitar roubo e o fluxo de veículos, pois uma ‘massa’ de ciclistas chama mais atenção dos motoristas que passam com mais prudência próximo ao grupo, mas mesmo assim há riscos”, disse Mardio Silva.

Outro problema relatado pelo experiente ciclista é a condição das poucas ciclovias que existem na Capital. Segundo ele, há vias na estrada do moinho, próximo ao córrego do barbado e no bairro Pedra 90, todas necessitando de manutenção. Mardio Silva descreve que, “a bicicleta pode não ser um veículo para condução de muitos cuiabanos, mas os moradores de bairros periféricos, como os do Pedra 90, a usam por ser econômico, além de saudável”.



Projetos

A instalação do modal de transporte VLT em Cuiabá trouxe a expectativa da criação de faixas de ciclovias. Ela funcionaria como uma alternativa mais barata e seria compartilhada também nas linhas de ônibus. “Infelizmente os projetos que contemplavam a criação dessas faixas não serão cumpridas, ele previa a criação de bicicletários onde as pessoas poderiam deixar suas bicicletas e seguir o trajeto de ônibus ou VLT”, lamenta Mardio Silva.

Movimento

A Bicicletada é um movimento no Brasil e em Portugal, inspirado na Massa Crítica de São Francisco desde 1992, onde os ciclistas se juntam para reivindicar seu espaço nas ruas. Os membros que fazem parte deste grupo partilham entre si, interesses e ideias daqueles que acreditam numa sociedade verdadeira, respeitadora e igualitária.

Serviço

Local 1: Praça 8 de Abril (SAÍDA I)
Local 2: UFMT - Estacionamento da BIBLIOTECA (SAÍDA II)
Horário (Saída I): Concentração 6h30 na Praça 8 de Abril e saída 7h00 em direção à UFMT
Horário (Saída II): Concentração 7h00 na UFMT, saída 8h00 rumo ao Museu do Rio (PORTO)