O projeto Encontros com Cinema/Sessão Imovision, exibe o filme "Testamento", do diretor Denys Arcand, vencedor do Oscar por "As Invasões Bárbaras", nesta terça-feira (17), às 19h30. Na sátira, o canadense examina a evolução da sociedade contemporânea e, em particular, os efeitos da cultura do cancelamento. Os ingressos podem ser comprados na bilheteria por R$ 10 e R$ 5.
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Testamento traz a história de Jean-Michel, um solteirão de 73 anos, que mora em uma casa de repouso administrada por Suzanne. Seu mundo é abalado pela chegada repentina de manifestantes que fazem campanha para a remoção de uma antiga obra, que ilustra uma das paredes da casa e foi considerada um insulto às Primeiras Nações Indígenas.
Enquanto Jean-Michel perde progressivamente a fé em um mundo dominado pelo politicamente correto, ele descobre um amor inesperado por Suzanne.
A origem do filme veio de uma inspiração real por meio de uma situação presenciada por Arcand, durante uma visita a um museu em Nova York, quando um grupo de jovens questionou uma pintura exposta no museu, que retratava o encontro de um explorador holandês com os povos nativos americanos.
“Há anos que não incomodava ninguém. Um dia, um grupo exigiu a sua destruição sob o pretexto de que esta pintura constituía um insulto aos nativos, aos primeiros chegados: colocaram uma janela diante da imensa pintura e, com algumas anotações escritas, corrigiram erros e imprecisões”.
Sobre o diretor
No Canadá e no exterior, a reputação dos filmes de Arcand, nascido nos arredores do Quebec, é indiscutível, não apenas pela impressionante coleção de prêmios que ele conquistou, mas também pelo olhar incisivo e poético que o cineasta tem sobre a nossa sociedade.
Seu filme mais recente, "A Queda do Império Americano", estreou no verão de 2018 e foi exibido em vários festivais ao redor do mundo, recebendo calorosas recepções tanto do público quanto da crítica. "O Reino da Beleza" foi lançado na primavera de 2014, enquanto "A Era das Trevas" encerrou o Festival de Cannes de 2007. "As Invasões Bárbaras", de 2003, ganhou o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, além de outras premiações.
Em 2000, Arcand dirigiu "Stardom", um filme que reflete a obsessão pela fama e pela exploração. Em 1989, seu impactante filme "Jesus de Montreal" ganhou prêmios em Cannes, incluindo o Prêmio do Júri e o Prêmio Ecumênico, e uma indicação ao Oscar. Em 1986, "O Declínio do Império Americano" foi selecionado pela Quinzena dos Realizadores em Cannes, onde ganhou prêmios da FIPRESCI e uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Além de sua carreira no cinema, Arcand escreveu vários artigos e o livro "Euchariste Moisan" em 2013. Em 2011, ele colaborou com o artista Adad Hannah para criar uma performance de 7 minutos chamada "Safari" para o 150º aniversário do Museu de Belas Artes de Montreal. Apaixonado por música clássica, dirigiu sua primeira ópera na primavera de 2015, "Zémire et Azor", com os Violons du Roy.